quinta-feira, 28 de agosto de 2014

BEIRA MAR FEITO PARA O GRANDE ENCONTRO DA VIOLA E DO REPENTE

(Benildo Nery)

 

A noite foi linda, foi especial
Com Antônio Costa e Marcos Teixeira
Formando a dupla que foi a primeira
A apresentar-se naquele local
O espaço estava lotação total
Com gente lá fora querendo entrar
Com a segunda dupla a se apresentar
Teve homens, mulheres, meninas, meninos
Vibrando com encontro de dois Severinos
Nos dez de galope na beira do mar.

O grande encontro teve a posteriori
Duas grandes duplas que valem aposta
O Marcos Teixeira e Antônio Costa
Inteirando a festa depois do folclore
A segunda dupla seria a priori
Uma das melhores que já vi cantar
Seria assim, só pra relembrar
O Biu Dionísio e o Edvaldo
Mas Zuzu, o segundo derramou o caldo
Nos dez de galope na beira do mar.

O substituto por nome Feitosa
Mostrou competência e muito cacife
Cantador porreta, poeta de grife
Fez versos rimados, piadas e glosa
Conquistou a plateia com a sua prosa
Já tão perguntando quando vai voltar
Está comprovado soube conquistar
Na terra Montanhas um nobre espaço
Feitosa amigo pra ti um abraço
Nos dez de galope na beira do mar.

O Biu Dionísio o outro Severino
Outra grande estrela do nosso evento
Chegou bem cansado, ainda sonolento
Mas cumpriu seu papel e não foi um menino
Seguiu o contrato não fez desatino
Honrou o seu nome no nosso lugar
Quando abriu a goela e começou cantar
Houve sincronismo entre voz e viola
Na arte do repente ele fez escola
Nos dez de galope na beira do mar.


Tão de parabéns os quatro artistas
Que abrilhantaram o nosso evento
A quem apoiou o agradecimento
Para citar todos são diversas listas
Saibam que vocês estiveram nas vistas
Por terem bom gosto de patrocinar
Um grande evento que sei vai ficar
Gravado na mente com satisfação
No corpo, na alma e no coração
Nos dez de galope na beira do mar.

E nós os poetas organizadores
Felizes estamos com nossa façanha
Montando um evento de força tamanha
Vencendo obstáculos, medos e temores
Entramos na história sendo os autores
De algo tão belo para apreciar
Um blog na net para navegar
No mundo dos versos e da rima boa
Quando entrar acesse não fique à toa
Nos dez de galope na beira do mar.


Sendo assim eu sei que a nossa pisada
De agora em diante será desse jeito
Levando poesia na garra e no peito
Trilhando bem firme a nossa estrada
Pra trás o receio, sem temer a nada
É claro sabendo qual nossa lugar
Por saber que não podemos parar
Esperamos apenas pintar o momento
E aí puxaremos outro grande evento
Nos dez de galope na beira do mar.


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

BEIRA MAR FEITO PARA O NOSSO BLOG

(Juca Santos)


Pela internet, o blog tem feito
Um grande sucesso e é bem visitado
Selecionamos com muito cuidado
Nossas poesias com causa e efeito,
Vamos escrevendo na raça e no peito
Nosso resultado é espetacular
No mundo inteiro tem gente a olhar
Quem leu já gostou e acessou de novo
Versos populares feitos para o povo
Nos dez de galope da beira do mar.

O blog é composto de estilo diverso
Desde os mais antigos, aos atuais
Os que com frequência estão nos festivais
E também os que o tempo tornou submerso
Tem métrica e tem rima, oração e verso
Sextilha, soneto, mote e beira mar
Temos conteúdo, pode pesquisar
Tudo preparado pelos professores
Que são os poetas organizadores
Nos dez de galope da beira do mar.

O blog já fez seu primeiro evento
Uma cantoria de viola e verso
Com grandes artistas deste universo
E só nos resta agora o agradecimento
Foi maravilhoso deu contentamento
Em ver o artista se apresentar
O público em Montanhas que é exemplar
O povo chegando o espaço lotou
As duplas cantaram e fizeram um show
Nos dez de galope da beira do mar.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

APRESENTAÇÃO DE CANTORIA

(Benildo Nery)




O clima é especial
O auditório tá lotado
Sinto-me lisonjeado
Por estar neste local
Com tanta gente legal
Extravasando harmonia
Percebo e dou garantia
Vai ser uma noite “impa”
Inesquecível, supimpa
Viva a nossa poesia!

Queremos agradecer
A todos aqui presente
Aos lá de trás, meio e frente
E aos que vão comparecer
Brigado por atender
Ao nosso humilde chamado
Também deixar registrado
Os nossos apoiadores
Nossos patrocinadores
A todos, muito obrigado!

Os do meu lado aqui são
Nossos ilustres poetas
De uma linhagem seleta
Do repente e da canção
Plangentes as violas estão
Com as cordas bem afinadas
Por seus donos abraçadas
Somente esperando a hora
Que a plateia mais adora
Que é quando elas são tocadas.

Preparem os seus pedidos
Nos seus estilos diversos
Que em requintados versos
Eles serão atendidos
Seja OITAVÃO REBATIDO
GABINETE ou QUADRÃO
Desafio em MOURÃO
Ou GALOPE A BEIRA MAR
SEXTILHAS. Pode mandar
Seu pedido de CANÇÃO!

DESAFIO MALCRIADO
Pode pedir que atendem
Se atacam, se defendem
Nisso são bem preparado
Um MARTELO AGALOPADO
Pra eles darem pinotes
Vá pensando aí nos motes
Só basta solicitar
Que eles irão cantar
Na vera sem passar trotes.

No mais é mesmo assim
Que será o nosso evento
Aproveite esse momento
Esqueça o que é ruim
Faça igualmente a mim
Erga a cabeça! Sorria!
Se encha de alegria
Que hoje a noite é nossa
O resto o tempo endossa
Viva a nossa cantoria!
 


segunda-feira, 18 de agosto de 2014

TROVAS

(Kynheo ferreira)

Serei o dono do mundo
filho da imensidão
primo do saber profundo
da coragem sou irmão
neto do velho universo
sobrinho eu sou do progresso
e sou pai da união.

Vou além do horizonte
pela linha do destino
galgo o cima do monte
com destreza de menino
habito na tempestade
vislumbro a felicidade
acredito ser divino.

domingo, 10 de agosto de 2014

O MEU PAI ME CRIOU FAZENDO USO/DA COLHER DE PEDREIRO EM SUA MÃO

(Benildo Nery)




Tempo em tempo ele foi agricultor
Cultivou muita terra em outrora
Também foi conhecido “mundo” afora
Como Pedro o mestre construtor
Mas a obra onde foi superior
Sou a prova e a confirmação
Foi no erguer da família, a construção
Que em versos agora eu difuso
O meu pai me criou fazendo uso
Da colher de pedreiro em sua mão.

Foi um forte, um guerreiro diário
Chuva ou sol ele estava no batente
Sustentou nove filhos, muita gente
Sem ganhar os melhores dos salário
Um urbano com instinto de agrário
Dividiu-se em mais de uma profissão
Por saber não podia faltar pão
Nisso aí ele nunca foi confuso
O meu pai me criou fazendo uso
Da colher de pedreiro em sua mão.

Construiu em fazendas casarões
Umas próximas e outras bem distante
Frente a isso era prática constante
Ficar dias nas terras dos patrões
Em casa dezena de corações
A esperar com uma certa aflição
Preparando uma recepção
Pra fazê-lo sentir-se eterno incluso
O meu pai me criou fazendo uso
Da colher de pedreiro em sua mão.

Desde casa pra servir de morada
Às chamadas de casa de farinha
Quatro água, chalé ou simplesinha
Com tijolo a mostra ou rebocada
A cocheira e jequi para boiada
Pra dormida e para vacinação
Cocho para botar sal e ração
Pra prensa de madeira fez o fuso
O meu pai me criou fazendo uso
Da colher de pedreiro em sua mão.


Em momentos a doença lhe abateu
Pondo pausa em sua atividade
Como tinha grande capacidade
Lá no fim da batalha ele a venceu
Quando menos esperava ascendeu
Numa impressionante recuperação
Se a vida lhe trouxe provação
Ele a superou fato profuso
O meu pai me criou fazendo uso
Da colher de pedreiro em sua mão.

Hoje ele está velho e cansado
Encostou todas suas ferramenta
Mas ainda ele quase não se senta
Apesar de já ser aposentado
O meu rei para sempre coroado
De coragem, humildade e ação
Que a família se deu sem prestação
Sem cobrar nem sequer um parafuso
O meu pai me criou fazendo uso
Da colher de pedreiro em sua mão.

Quando para outro plano ele partir
Vai deixar um vazio disso sei
Mas assim como os outros eu terei
Que o exemplo de vida seu seguir
Problemas encarar sempre a sorrir
Pulso firme e determinação
Diante de cada situação
Seu legado jamais será concluso
O meu pai me criou fazendo uso
Da colher de pedreiro em sua mão.

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