sexta-feira, 31 de outubro de 2014

FILHO

(JC Paixão)

Todo filho tem um pai
Tem sempre um criador
Aquele que num momento
Foi o grande gerador
Ai tem gente que diz
Esse só reprodutor.

Todo pai tem um filho
Criação que ele criou
Na essência do fazer
No momento que gerou
É a criação de um pai
O que ele projetou.

Depois do filho criado
Ao mundo pertencerá
Se cria é boa ou ruim
Só o tempo é quem dirá
Mais a marca de seu pai
Para sempre levará.

Sendo uma cria boa
O filho é elogiado
Por todos ao seu redor
Ele é parabenizado
Às vezes no elogio
O pai é escanteado.

A cria sendo ruim
Todo mundo o detesta
A culpa é logo do pai
É filho de quem num presta
Bem depois é que se diz
O meio social infesta.

Para se tornar um pai
Realize um grande invento
Surge uma criação
Que te dá contentamento
Você entra pra história
Lembrado a todo momento.

E você que é poeta
Um atleta, professor
Certamente é pai também
Criou algo de valor
Aquele que planta árvore
E aquele que é escritor.

Quero dar os parabéns
A um mestre das façanhas
Poeta e cordelista
Criando prosas tamanhas
Benildo é o pai do blog
Os Poetas de Montanhas

terça-feira, 21 de outubro de 2014

DEPUTADO FEDERAL: O RESULTADO

(Benildo Nery)


Domingo, cinco de outubro
Final de outra eleição
Cinco horas começou
Dos votos a apuração
Zé de Catota ansioso
Tenso e bastante nervoso
Pra ver sua votação.

Estava mais confiante
Que na eleição passada
Nessa gastou um pouquinho
Na outra não gastou nada
Organizou arrastão
Por toda a região
Fez campanha organizada.

Gravou jingle, fez retrato
Santinho e adesivo
Banner, bandeira e botons
Andou muito foi ativo
Tinha certeza que assim
A vitória iria vim
Postou-se competitivo.

Buscou apoios diversos
Aqui e em outros locais
Fechou acordo e aliança
Com cabos eleitorais
Gastou tudo o que não tinha
Levantava a manhãzinha
Deitava as doze ou mais.

Sua mulher reclamava
Alguns amigos também
Cabra teimoso danado!
Não dava ouvido a ninguém
Dizia: Não se aperreiem
Façam um favor não me freiem
A vitória agora vem!

Terei grande votação
Se não for o mais votado
Zelarei com muita honra
O nome do nosso estado
Esse é meu compromisso
Por nada abro mão disso
Eu vou ser sim deputado!

Bem cedinho a eleição
O café já não tomou
Meio dia Sol a pino
Sem fome não almoçou
Com a votação encerrada
Juntou-se aos camarada
E os seus votos contou.

Dos municípios listados
Onde campanha ele fez
Para o que ele almejou
De voto teve escassez
Numas urnas teve um
Em outras teve nenhum
Não chegou a sua vez.

Aqui onde ele tem
Domicílio eleitoral
Que esperava alcançar
Votação sensacional
Das vinte seções montadas
Três intenções confirmadas
Já começou muito mal.

Mesmo assim continuou
Apurando o resultado
Ainda bem confiante
Idem entusiasmado
Tomado por grande fé
Fazendo tudo de pé
Nenhum instante sentado.

Em Cacimbas teve um
Em Riachão teve Três
Em Pirari e Piranhas
Juntando tudo deu seis
Na cidade de Timbó
Ele teve unzinho só
Jardins, Pina dezesseis.

Em Tuiuti onde ele
Achava ter expressão
Teve apenas doze votos
Foi uma decepção
Em Lagedo e Currais
Dez eleitores, não mais
Lhe deram a confirmação.

Três votos apareceram
De outra parte do Estado
Lugar que fica distante
Por ele não visitado
Abriu aquele sorriso
E de forma bem preciso
Os pôs como computado.

Com bastante euforia
Outros saiu garimpando
Mexeu, virou, remexeu
Quando foi desanimando
Ao perceber que a lista
Bem ali na sua vista
Ao fim estava chegando.

Aí que Zé de Catota
Foi pela ira tomado
Saiu lá fora e gritou
Bando de amaldiçoado!
Seus cabos eleitorais
Que no fundo eram os tais
Deram um pulo de lado.

Será possível meu Deus
Tamanha atrocidade
Um cabra desse meu porte
Tão querido na cidade
Ser tratado desse jeito
Sem o mínimo de respeito
Somente com falsidade!

Mexeram na maquininha
Eu sei, não será possível
Não aceito, não entendo
Isso é inconcebível
Tinha tudo planejado
Voto a voto anotado
Isso é inadmissível!

Mais uma grande injustiça
Foi comigo cometida
Por essa candidatura
Eu juro que dei a vida
Disse e digo de novo
Foi a vitória do povo
Outra vez interrompida!

O símbolo da honestidade
Do trabalho e da ação
Que selou um compromisso
Como os mais pobres da nação
Está sendo perseguido
Sendo sempre impedido
De ganhar uma eleição!

Tô certo que os eleitores
Que em mim tem confiança
Tratam esse TRE
Também com desconfiança
Os pauzinhos vou mexer
Esse quadro reverter
Pode manter a esperança!

Nisso uma multidão
Ali tinha se formado
Os cabos eleitorais
Já tinham se aproximado
Uns gritaram muito bem
Outros mangaram também
Zé disse: muito obrigado!

E prosseguiu pra encerrar
A sua explanação
Obrigado meus amigos
Pela nobre votação
Esperamos o outro pleito
O meu nome pra prefeito
Vai ser posto em eleição!

Pois sei vocês meus amigos
Tão comigo firme e forte
Votam e confiam em mim
Leste, oeste, sul e norte
Confesso com sensatez
Não desisto de vocês
A não ser depois da morte!

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