sexta-feira, 13 de maio de 2016

DOZE DE MAIO

(Benildo Nery)

 

Nesta quinta, dia doze
Um desses tantos “Brasis"
Pra televisão fez pose
Acordou-se mais feliz
Depois do ato “decente”
Que afastou a presidente
Eleita por voto em urnas
Mas que depois de empossada
Teve a faixa contestada
Pelo corrupto de Furnas.

E os que com ela fizeram
A composição da chapa
Defendê-la não quiseram
A trataram foi a tapa
Ajudando a travar
O país pra preparar
Para um golpe o terreno
E o primeiro mostra a unha
O tal Eduardo Cunha
A espalhar seu veneno.

E com sua safadice
Seguidores foi ganhando
Com muito mais canalhice
Ao vice foi se juntando
Do governo se afastou
E ao partido orientou
Romper de imediato
Depois dessa orientada
Seu grupo fez debandada
Igual um bando de rato.

E o pior que o Brasil
Do reprimido, do pobre
Foi na conversa gentil
Do jornal da hora nobre
Feito um teleguiado:
“O Brasil está quebrado
Se acorda minha gente!
Vamos bater na panela
Só paramos quando ela
Não for mais a presidente.

Não dá mais pra aguentar
Reaja grande nação!
Temos que nos levantar
Pôr fim na corrupção”
O discurso foi além
Do Brasil que nada tem
Chegou ao Brasil ricaço
Que fez disso meta urgente
Afastou a presidente
E partiu para o abraço.

E com um ar debochado
Ainda disse “tchau querida!”
E o retumbante brado
Deu seu ar de despedida
O Brasil do desvalido
Sumariamente engolido
Num golpe covarde e duro
Por um Brasil poderoso
Traidor e rancoroso
Que vive do obscuro.

Ainda se ouve os risos
Desse Brasil desonesto
Os cortes serão incisos
Que levarão ao funesto
Essa massa manobrada
Que há tempos viveu sem nada
E quando teve um quinhão
Como elite se sentiu
Tanto que se travestiu
Com a imagem de patrão.

Esqueceu-se que um quinhão
Pra ser muito é muito pouco
E que a corrupção
Não se acabou e tampouco
Será mais investigada
Pois essa corja empossada
São os mesmos que outrora
Nesses Brasis deram botes
E o que ganharam em calotes
Guardaram tudo lá fora.

E a nossa democracia
Sentiu duramente o golpe
Mas por sua valentia
Sei que terá contragolpe
Pois feito mãe atacada
Tá ferida e acuada
Vendo o choro dos seus filhos
Mas ao se recuperar
Certo vai recolocar
Seus filhos Brasis nos trilhos.
 


sexta-feira, 6 de maio de 2016

MÃE E EU

JCPaixão

 

Minha mãe sente por mim
Amor grandioso e tanto
Procura me proteger
Sob seu sagrado manto
Quando eu estou cantando
Ela segue acompanhando
Assim canta se eu canto.

Mas se o contrário for
Confesso não ignoro
Se bate em mim tristeza
Me escondo onde moro
A minha mãe quer saber
Se estou triste, porque
Ela chora se eu choro.

Deixar de lado a tristeza
Mostrar o riso se abrindo
Contente fica mamãe
Ao ver que estou sentindo
Emoção, felicidade
E mamãe sem falsidade
Abre o riso se estou rindo.

As vezes fico doente
Sei que isso não mereço
E vejo a minha mãe
Pagando o mesmo preço
Sentindo a dor comigo
Divide o mesmo castigo
Adoece se adoeço.

Na minha felicidade
A minha mãe se integra
Fica sim feliz comigo
Seguindo a mesma regra
Compartilha a alegria
Toda hora todo dia
Me alegro ela se alegra.

O amor de mãe por mim
Está guardado no cofre
Que é sim o coração
De dona Maria Onofre
Se quero mamãe feliz
Eu não fico infeliz
Se eu sofro ela sofre.

Eu parei fiquei pensando
Em minha mãe bem assim   
Se sou um presente dela        
Isso é bom ou é ruim           
Será que mamãe merece
Viver só fazendo prece
Tudo por causa de mim?
 


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