Tempo em
tempo ele foi agricultor
Cultivou
muita terra em outrora
Também foi
conhecido “mundo” afora
Como Pedro o
mestre construtor
Mas a obra
onde foi superior
Sou a prova
e a confirmação
Foi no erguer
da família, a construção
Que em
versos agora eu difuso
O meu pai me
criou fazendo uso
Da colher de
pedreiro em sua mão.
Foi um
forte, um guerreiro diário
Chuva ou sol
ele estava no batente
Sustentou
nove filhos, muita gente
Sem ganhar
os melhores dos salário
Um urbano
com instinto de agrário
Dividiu-se
em mais de uma profissão
Por saber não
podia faltar pão
Nisso aí ele
nunca foi confuso
O meu pai me
criou fazendo uso
Da colher de
pedreiro em sua mão.
Construiu em
fazendas casarões
Umas
próximas e outras bem distante
Frente a
isso era prática constante
Ficar dias
nas terras dos patrões
Em casa
dezena de corações
A esperar com
uma certa aflição
Preparando
uma recepção
Pra fazê-lo
sentir-se eterno incluso
O meu pai me
criou fazendo uso
Da colher de
pedreiro em sua mão.
Desde casa pra
servir de morada
Às chamadas
de casa de farinha
Quatro água,
chalé ou simplesinha
Com tijolo a
mostra ou rebocada
A cocheira e
jequi para boiada
Pra dormida
e para vacinação
Cocho para
botar sal e ração
Pra prensa
de madeira fez o fuso
O meu pai me
criou fazendo uso
Da colher de
pedreiro em sua mão.
Em momentos
a doença lhe abateu
Pondo pausa
em sua atividade
Como tinha
grande capacidade
Lá no fim da
batalha ele a venceu
Quando menos
esperava ascendeu
Numa
impressionante recuperação
Se a vida
lhe trouxe provação
Ele a superou
fato profuso
O meu pai me
criou fazendo uso
Da colher de
pedreiro em sua mão.
Hoje ele
está velho e cansado
Encostou
todas suas ferramenta
Mas ainda
ele quase não se senta
Apesar de já
ser aposentado
O meu rei
para sempre coroado
De coragem,
humildade e ação
Que a família
se deu sem prestação
Sem cobrar
nem sequer um parafuso
O meu pai me
criou fazendo uso
Da colher de
pedreiro em sua mão.
Quando para
outro plano ele partir
Vai deixar
um vazio disso sei
Mas assim
como os outros eu terei
Que o
exemplo de vida seu seguir
Problemas
encarar sempre a sorrir
Pulso firme
e determinação
Diante de
cada situação
Seu legado
jamais será concluso
O meu pai me
criou fazendo uso
Da colher de
pedreiro em sua mão.
ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DOS POETAS NA DIFÍCIL, PORÉM FÁCIL ARTE DE ESCREVER É MUITO GRATIFICANTE... ABRAÇO À TODOS E BOA PRODUÇÃO ARTÍSTICA!
ResponderExcluirMARCOS TEIXEIRA