domingo, 28 de fevereiro de 2016

ZÉ E O BURRENTO

(JC Paixão)

 

O causo que vou contar
É de um cabra da peste
Que se bateu com um burro
Atenção é bom que preste
Lugar direito sei não
No Litoral ou Sertão
Ou talvez foi no Agreste.

Esse Zé é do Nordeste
Cabra de grande talento
Vou contar toda história
Confesso que não invento
Na hora do acidente
Preste atenção minha gente
Zé se agarrou cum jumento.

Foi coisa assim de momento
Na verdade de repente
Ia montado na moto
Quando se bateu de frente
Pulou da moto o traquino
Já foi montando o equino
Coisa de quem é valente.

Nessa história diferente
Veja o que ocorreu
José vinha em sua moto
Na frente o burro correu
De repente ouve um choque
Zé no burro deu um “toque”
Que logo o bicho morreu.

Só sei que aconteceu
Uma desgraça cum burro
Que levou uma pancada
E soltou um grande urro
E o que disseram mim
Zé com a mão fez assim
Matou o bicho dum murro.

E em forma de sussurro
Me contaram sem trapaça
O Zé se agarrou no burro
Mas quase que se desgraça
Bateu no bicho de jeito
A porrada foi no peito
Ele quase se arregaça.

O Zé merece uma taça
Pois ele tem muita sorte
Quem salvou-lo foi o burro
Morreu, livrou Zé da morte
Se agarrou com o animal
Eu não sei em qual local
Zé levou pequeno corte.

Zezim apresenta um porte
De um cabra campeão
Pode num ser lutador
Mas tem um jeito fortão
Pegou o burro ligeiro
E sem grande desespero
Deu-lhe um mata leão.

Se o burro é nosso irmão
Ele matou um parente
O abraço entre os dois
Não foi de nada decente
O burro morreu na hora
Zé reclama toda hora
Que ainda está doente.

José não anda contente
Pois ficou desmunhecado
Se agarrar cum jumento
É um serviço danado
Eu SEI que Zé escapou
Mas onde ele se agarrou
Isso num foi bem contado.

Eu já tinha escutado
Por esse mundão inteiro
Corredor de vaquejada
É chamado de vaqueiro
E quem "cum burro se agarra
O povo é quem faz a farra
Pra chama-lo de burreiro.

O apelido primeiro
Que deram ao cabra forte
Foi mesmo de Zé do Burro
Do Rio Grande do Norte
Ele apareceu na foto
Andando de burro e moto
Como meio de transporte.

E Zé não tava de short
Da pista não levou surra
Se agarrou com o burro
Pensando que era uma burra
Caiu no chão abraçado
Ele no burro colado
Naquele bate e esmurra.

Eu sei que o Zé não urra
Conto aos leitores meus
O Zé viveu uma lenda
Por causa dos feitos seus
Mais sei que ele agradece
Todo dia que amanhece
Ao criador que é Deus.

 


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

NÃO MEXA COM O COROA!

(Benildo Nery)


Menina, tô te dizendo
Deixe quieto esse coroa!
Ele está numa boa
E tu com ele mexendo
Te orienta, não tás vendo
Que ele por ti tem respeito
E que leva satisfeito
A vida desta maneira?
Para com essa brincadeira
De o provocar desse jeito!

Já pensou se ele notar
Você  o tratando assim
Toda fazendo pantim
E o respeito largar
Pro teu lado se atirar
Com toda tara e paixão?
Lhe darei toda razão
Porque tu que atiçou
E por querer ativou
O “adormecido” vulcão!

Tu não conhece menina
Desse coroa o poder
Se mete então pra tu ver
Qual será a tua sina!
Se ele quiser determina
As horas pra te amar
Se tu chegar a provar
Esse amor experiente
De chama forte e ardente
Nele você vai gamar.

O seu toque é diferente
Seu beijo é mais apurado
O seu falar sussurrado
No ouvido é bem mais quente
Seu abraço é envolvente
E muito mais carinhoso
Teu corpo lindo e gostoso
Em suas mãos tremerá
Prove que você verá
O tamanho do seu goso.

Depois ficarás comendo
Na palma da sua mão
Teu paquera garotão
Acabarás esquecendo
Tu bem estarás querendo
Toda hora o seu amor
E ele sem nenhum pudor
Desse ato tão vivaz
Tanto fez ou tanto faz
Será sempre o condutor.

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