quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

DOMINGOS MATIAS (RN) E HELENO ALEXANDRE (PB)

Revirando os vídeos do YouTube me deparei com esta belíssima performance dos poetas Domingos Matias e Heleno Alexandre, destacando AUGUSTO DOS ANJOS e JOÃO PESSOA. Confiram!





terça-feira, 28 de janeiro de 2014

GEMEDEIRA

(Pedro Pedreira)

 

Nessas férias eu curti
As belezas naturais
Com parentes e amigos
Praias e seus areais
Mas já estão se acabando
Ai, ai, ui, ui!
E isso aí me dói demais.

Esse descanso tão bom
Onde o cabra se diverte
Come, bebe, ouve e dança
Mesmo sem ter muito investe
Quando acaba faz chorar
Ai, ai, ui, ui!
E em tristeza se converte.

Aí lá vem a rotina
É trabalho todo dia
Normas, ordens do sistema,
De um ou outro, antipatia.
E com isso a conviver
Ai, ai, ui, ui!
Em instantes de agonia.

Um chama, outro pergunta.
Me dá isso!, O que é aquilo?
Bota ali naquele canto!
Esse outro é sigilo!
Mas tu já tá indo embora?!
Ai, ai, ui, ui!
Que professor sem estilo!

Chega cedo, volta tarde
Muito faz e pouco ganha
Mas não pode reclamar
Pois se vacilar apanha
Reajuste que não sai
Ai, ai, ui, ui!
Nesse assunto se acanha.

O que vale nisso tudo
É que o cabra vai vivendo
Trabalhando, muito ou pouco
O salário recebendo
Sustentando a família
Ai, ai, ui, ui!
Mesmo cantando gemendo.
 


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

EM SUMA...

(Benildo Nery)

Se eu aqui fosse fazer um resumo
De tudo isso que estou sentindo agora

Eu diria sem nem precisar demora:

Com você encontrei um novo rumo

Todo risco contigo eu assumo

És meu ar, o meu teto e o meu chão

Meu amor que nasceu de uma paixão

Minha deusa, minha musa inspiradora

Do meu céu você é a redentora

A sustança do meu pobre coração.

domingo, 26 de janeiro de 2014

ESTREIA DE PROGRAMA

ATENÇÃO CUITÉ E REGIÃO!!!

SINTONIZE A RÁDIO TALISMÃ FM A PARTIR DO DIA 02/02 ( DOMINGO) DAS 10:00H AS 11:30H DA MANHÃ E VALORIZE A CULTURA MUSICAL NORDESTINA. SERÁ A ESTREIA DO PROGRAMA " A VIOLA E SUA GENTE" COM APRESENTAÇÃO DE MARCOS TEIXEIRA E ANTÔNIO COSTA.

A PROPOSTA E DAR ENFOQUE A CULTURA NORDESTINA COM ESPAÇO RESERVADO PARA OS REPENTISTAS, VIOLEIROS E COQUISTAS, DECLAMADORES, ABOIADORES E ATÉ O AUTÊNTICO FORRÓ PÉ-DE-SERRA. BUSCAR A VIOLA EM SUAS ORIGENS E OS ARTISTAS QUE TIVERAM ORIGEM NA VIOLA E NA CANTORIA NUMA VISÃO ECLÉTICA E DIDÁTICA, PREENCHENDO UM ESPAÇO DEVIDO À NOSSA REGIÃO TANTO NA PARAIBA QUANTO NO RIO GRANDE DO NORTE. SEMPRE QUE POSSÍVEL TEREMOS CANTORIA AO VIVO E A PARTICIPAÇÃO DOS OUVINTES É DE SUMA IMPORTÂNCIA.

A EMISSORA TAMBÉM ESTÁ NA INTERNET, DE FORMA QUE PODERÁ SE OUVIR DE QUALQUER PARTE DO MUNDO...

NÃO PERCAM! APOIEM MAIS UM PROJETO CULTURAL PARA VALORIZAR A NOSSA TERRA E O NOSSO POVO.

INFORMAÇÕES: MARCOS_TEIXEIRA1@HOTMAIL.COM OU MEMSO PELO FACEBOOK: MARCOS TEIXEIRA TEIXEIRA. O TELEFONE PARA CONTACTO É O 84-8157-6971 OU O 84- 884592355-OU 83-8615.-2404

UM, POR UM (GRIFOS)

(Kynheo Ferreira)

 

O teu corpo é minha alma

Minha mente é teu espírito

Tua paz é minha calma

Em você é que eu habito.

 

Eu sou teu mau de amar

Você meu bem de carinho

Beijo você que é flor

Te perfuro em meu espinho.


Inspiração dos meus versos

Rotina do meu olhar

O sol do meu unviverso

Força do meu caminhar.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

EU, O OUTRO

(Kynheo Ferreira)

Vocês mulheres modernas

Casadas, nomoradeiras

Amantes da gandaiera

Sem atraso das cavernas

Nunca foste de taberna

Apenas gosta de amar

Quero hoje vos falar

Também sou namorador

Quem quer um segundo amor

Pode vir me procurar.

 

Nada de acanhamento

Nem culpa de traição

Pode abrir o coração

Agora, neste momento

Creia que o meu talento

É fogo avassalador

A mulher que já provou

A volúpia, o carinho

Nunca mais sai do caminho

Sempre tem um outro amor.

 

Eu, prefiro ser o outro

Nada de ser o primeiro

Moralista, verdadeiro

Sempre, sempre serei torto

Enquanto não estar morto

Viverei como um danado

Pode me chamar safado

Na hora que bem quiser

Eu pego sua mulher

E faço um tarrabufado.

 

Sou eterno solteirão

O outro, mais desejado

Sorrateiro, disfarçado

Agindo feito vilão

A maior satisfação

É curtir uma noitada

Não importa se casada

Eu te amo mesmo assim

Viva: pra ele e pra mim

Faço tudo, diga nada.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

COISAS QUE NÃO DÃO BEM CERTO

(Benildo Nery)


Já escrevi sobre as coisas
Que eu queria mudar
Em outro momento sobre
O que vou sempre odiar
E há pouco bem tranquilo
Um isso para um aquilo
Acabei de publicar.

E pra dar prosseguimento
As tais observações
Percebi que a gente vive
Diversas situações
Hilárias e curiosas
Outras porém dolorosas
Cheias de complicações.

Como exemplo: guiar
Logo depois de bebido
Atropelar um vivente
Fugir sem ter socorrido
Duas graves infrações
Que lhe trarão punições
Entre as quais ficar detido.

Se deitar em rede pensa
Ou com o pano rasgado
Pegar menino no colo
Sem ver o fundo cagado
Se meter num “lengo-lengo”
Cair e bater o “quengo”
E sair com ele quebrado.

Falar da coisa alheia,
De maneira descabida
Querer que desse de graça
Uma coisa que é vendida
Dizer que nunca tem sorte
Viver pensando em morte
Se esquecendo da vida.

Sair pra missa cedinho
Para assistir ao sermão
Por ser um “amancebado”
Se excluir da comunhão
Mesmo assim rezar, rezar...
Pensando em alcançar
A sonhada salvação.

Comprar feijão-macaçar
Para comer com farinha
Acompanhado do caldo
Com coentro e não galinha
Fingir tá apreciando
Mas somente imaginando:
− Ah! Se fosse uma carninha!

Paquerar mulher casada
Pegar outra em fim de festa
Pedir que toque um funk
A um cantor de seresta
Andar com um rebolado
Com cabelo alisado
Com uma tiara na testa.

Tocar violão sem corda
Fole com fole furado
E num trompete de vara
Todinho enferrujado
Ouvir cantor metidinho
Pabuloso, gabadinho
Cantando desafinado.

Morar em casa de sogra
Com a família todinha
E fazer caça na mata
Sem nenhuma cachorrinha
Voltar pra casa sem caça
Nem para tomar cachaça
Junto com essa turminha.

“Salgar” carne com açúcar
“adoçar” café com sal
Dar bom dia quando é noite
Boa noite em matinal
No calor tá bem vestido
E entrar quase despido
Quando a festa é formal.

Ainda tem um montão
De coisas para citar
Mas só que agora preciso
Por um instante parar
Comer um pão sem presunto
E ver se acho outro assunto
E em verso aqui rimar.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

NUNCA É TARDE PRA SER FELIZ

(JC da Silva)


Lendo o livro da vida
Li história interessante
A vida do ser humano
Transforma-se a cada instante
A cada transformação
Aumenta o nosso valor
O que devemos guardar
São esperança e amor

Não vá se preocupar
Por haver transformação
É assim a natureza
É obra da criação
Mas tudo isso são fatos
Que devem acontecer
A cada fase da vida
Sentimos o seu prazer

A criança e o jovem
O adulto e o ancião
Cada qual com sua história
Vivendo com atenção
Devemos compreender
O que a vida nos diz
Mesmo já sendo idoso
Procure viver feliz

Feliz de quem é idoso
Porque já viveu bastante
Faz questão de retratar
Sua história atuante
Sempre querendo mostrar
O que ele aprendeu
Deseja que todos vivam
Assim como ele viveu

Ao Deus que nos deu a vida
Devemos agradecer
Por maior que for a lida
Continuamos viver
Obrigado senhor Deus
Por chegar a esta idade
Tendo fé e esperança
E muita vitalidade

domingo, 19 de janeiro de 2014

QUEM É ELE?

(Benildo Nery)


Em grau de escolaridade
Ele não chama atenção
Mas na escola da vida
Recebeu educação
Dispensando a didática
Aprendeu tudo na prática
Causando admiração.
                                                      
Riqueza material
Está longe dele ter.
Beleza física danou-se!
Cabra feio de se ver!
Mas por ser extrovertido
Sempre, sempre ele tem sido
Legal pra se conviver.

É bastante vaidoso
Barba e cabelo arrumado
Roupas bem extravagantes
Sapato sempre engraxado
Buscando ser atraente,
De estilo mais envolvente
Só anda bem perfumado.

No pulso um “relojão”
Dourado que é feito ouro
Um cinto com fivelão
Imitando ser de couro
Um tracelin no pescoço
Onde chega esse moço
É um arraso, um estouro.

Fuma e bebe quando pode
De forma bem moderada
Mas quando perde o controle
Gosta de uma presepada
Passa o dia farreando
A noite inteira dançando
Só chega de madrugada.

Tem um papo poderoso
Que baixa até avião
Fecha o tempo ou, simplesmente,
Muda qualquer estação
Muitos nele botam fé
Chegando perto até
De ser uma devoção.
  
Já outros mais comedidos
Dizem que só tem bobagem
Que não leva nada a sério
Leva tudo em “fuleragem”
O têm um certo respeito
Mas o tratam desse jeito:
Como o “rei da pabulagem”.

Quando pinta no pedaço
Rouba a cena facilmente
Trata de vários assuntos
Se mostrando inteligente
Esporte, música, política,
Tudo, até estatística.
Eita cabra competente!

Quem ver ele conversando
Pensa que é um doutor
Ou então um bacharel
Ou um desembargador
Talvez até magnata
Um grande de um diplomata
Um cônsul do exterior.

O assunto sendo mulher
Nele é especialista
Sem hesitar fala alto:
−É grande a minha lista!
Loira, mulata, morena
Gorda, alta ou pequena
Magra de fugir da vista.

Já namorei uma dama
Vinda lá do estrangeiro
Que falava diferente
De um jeito assim bem maneiro
Pense como era bonita
E além de ser uma artista
Era cheia do dinheiro.

Queria que eu fosse embora
Morar lá no seu país
Porque em mim tinha achado
Razão para ser feliz
Eu disse nesse momento:
Respeito o seu sentimento...
Mas ir com ela não quis.

Pois meu lugar é aqui
Junto com todos vocês
E tem mais: sei, mas não gosto
De falar o genovês.
Outra coisa, ela é só uma
Mulher aqui tem de ruma
Só conto depois das três

E depois com um ar de riso
Encerra a sua fala
De forma espalhafatosa
Vai abandonando a sala
Os seus lhe acompanhando
E vez ou outra gritando:
Esse cara aqui abala!

Os que ficam avaliam
Dessa figura o perfil:
Tem defeitos, qualidades,
É pabuloso e gentil.
Uma figura simbólica
Que enriquece a folclórica
Cultura desse Brasil.

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