Dos filhos
de Seu Cazuza
Juninho foi
sempre errado
Andava
sempre encangado
Com o filho
de Vanuza
Mais
conhecido por Zuza
Da sua mesma
“iguaia”
E ali no
bairro Jandaia
E por toda
região
Aprontavam
de montão
Com outros
da mesma laia.
Passavam o
dia inteiro
De rua em
rua zanzando
Só das “boas”
aprontando
Feitos uns
arruaceiro
Se um era
presepeiro
O outro era
muito mais
E junto com
os demais
Tomavam
cana, jogavam,
Desentendidos
brigavam
Feito um
bando de animais.
Conselho
nenhum ouvia
Dos pais, do
padre ou pastor
O que chamam
professor
Pra ele nem
existia
Porque o que
mais valia
Na vida era
curtição
Farra e
badalação
Junto com
sua galera
Vez em
quando uma paquera
Somente pra
“zuação”.
Quando o dia
findava
A noite é
que era bom
Aonde
tivesse um som
Ligado a turminha
estava
Não sei onde
arrumava
Grana para
tudo aquilo
Se vestir
bem, com estilo
Fumar,
beber, farrear
Sem nunca se
aperrear
Sem
trabalhar, bem tranquilo.
Aí foi
inevitável
Começar a
falação
Dizia Seu
Valadão:
―
Isso é inacreditável
Como é que um
imprestável
Que não faz
porra nenhuma
Só vive
tomando uma
Farreando
noite e dia?
Certo como o
gato mia
Está
aprontando alguma!
Já sua
mulher dizia
Como quem
lhe desaponta:
― Mas
não é da nossa conta
Se ele curte
noite e dia
Se fosse, eu
me importaria
Como não,
fico calada
Se ele faz
coisa errada
Pra poder
arrumar grana
Um dia ele
vai em cana
Pra deixar
de presepada!
Geraldo de
Bastiana
Que era mais
desbocado:
―
Tá saindo é com viado
Por isso tem
tanta grana!
Ou num dia
da semana
Ele tira pra
roubar
Ou então pra
enganar
Velho
capenga e manco
Na maquininha
do banco!
Um dia vai
se lascar!
Numa rodinha
formada
Em certo
ponto da rua
Cada um
dizia a sua:
A conversa
era acirrada:
“Rapaz... eu
não sei de nada!”
“ Não tem como não, só sendo
Que droga
ele tá vendendo!”
“O cara tá
bem demais!”
“Cada dia
ganha mais!”
“Está quase enriquecendo!”
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