segunda-feira, 24 de agosto de 2015

RN 269

(Benildo Nery)

 

Essa estrada que liga
Cento e Um a Nova Cruz
Sé fosse feita de pele
Estaria toda em pus
Danada pra ter “pereba”
Parece rota de peba
Nessa causa só Jesus.

Não sei como o motorista
Consegue nela passar
A verdade é se não for
Perito no manobrar
Quando pra direita vai
Noutro buraco ele cai
Quando à esquerda voltar.

Pouco importa se o carro
É feito de ferro e aço
Se for novo se afolosa
Se velho cai um pedaço
O jeito é fazer apelo
Pra que se invente um modelo
Que flutue nesse espaço.

“Celera” e desacelera
É um tal de pisa em freio,
Troca de marcha, sopapos
Sacolejando o passeio
Cabra tranquilo sem pressa
Fica doido se estressa
Explode de saco cheio.

De combustível a pneu
A parte da suspensão
De tudo aumenta o gasto
Prejuízo de porção
Dá raiva só em pensar
Que é preciso passar
Por aquela região.

Se a viagem for de moto
Dá até pra costurar
Passando em alguns setores
Dá até pra acunhar
Mesmo assim todo cuidado
Pois pode ser acunhado
Se o cabra se descuidar.

Se o dia for chuvoso
Piora a situação
De moto não se costura
É lama que só o cão
O cabra fica perdido
E o carro quase engolido
Pelas “bocas de pilão”.

Para viajar a pé
É cuidado redobrado
Tem que ser bem muito mais
Do que já é aceirado
Roçando no matagal
Entre toco, pedra e pau
Pra não ser atropelado

E o pior é que ela
Foi toda “reconstruída”
Há poucos anos passados
Acho que foi na medida
Daquele que governou
Porque ela só durou
Seu mesmo tempo de vida.
 


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