Essa estrada
que liga
Cento e Um a Nova
Cruz
Sé fosse
feita de pele
Estaria toda
em pus
Danada pra
ter “pereba”
Parece rota
de peba
Nessa causa
só Jesus.
Não sei como
o motorista
Consegue
nela passar
A verdade é
se não for
Perito no
manobrar
Quando pra
direita vai
Noutro
buraco ele cai
Quando à
esquerda voltar.
Pouco
importa se o carro
É feito de
ferro e aço
Se for novo
se afolosa
Se velho cai
um pedaço
O jeito é
fazer apelo
Pra que se
invente um modelo
Que flutue
nesse espaço.
“Celera” e
desacelera
É um tal de
pisa em freio,
Troca de
marcha, sopapos
Sacolejando o
passeio
Cabra
tranquilo sem pressa
Fica doido
se estressa
Explode de
saco cheio.
De
combustível a pneu
A parte da suspensão
De tudo
aumenta o gasto
Prejuízo de
porção
Dá raiva só
em pensar
Que é
preciso passar
Por aquela
região.
Se a viagem
for de moto
Dá até pra
costurar
Passando em
alguns setores
Dá até pra
acunhar
Mesmo assim
todo cuidado
Pois pode
ser acunhado
Se o cabra
se descuidar.
Se o dia for
chuvoso
Piora a
situação
De moto não
se costura
É lama que
só o cão
O cabra fica
perdido
E o carro
quase engolido
Pelas “bocas
de pilão”.
Para viajar a
pé
É cuidado
redobrado
Tem que ser
bem muito mais
Do que já é
aceirado
Roçando no
matagal
Entre toco,
pedra e pau
Pra não ser atropelado
E o pior é
que ela
Foi toda
“reconstruída”
Há poucos
anos passados
Acho que foi
na medida
Daquele que
governou
Porque ela só
durou
Seu mesmo
tempo de vida.
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