quinta-feira, 6 de agosto de 2015

ESSE É MAIS UM VEXAME QUE VIVI/ME ENVERGONHO SOMENTE AO SER LEMBRADO

(Benildo Nery)

 

Bebi tudo quanto eu tinha direito
Vodca, whisky, cerveja bem gelada
Fiquei doido fazendo presepada
Na minha frente levei tudo de eito
Vomitei e fiquei daquele jeito
No chão mesmo dormi todo melado
E até hoje depois do caso passado
Do episódio ainda não esqueci
Esse é mais um vexame que vivi
Me envergonho somente ao ser lembrado.

Fui a um casamento em Riachão
De uma filha de Dona Mariquinha
Eu comi, misturei tudo que tinha
Mocotó e rabada com pirão
Galinha à cabidela, macarrão
Farofa com toicinho cozinhado
O meu bucho ficou desarranjado
Sem “guentar” me caguei todinho ali
Esse é mais um vexame que vivi
Me envergonho somente ao ser lembrado.

Certo dia ainda adolescente
Fui à casa de uma namorada
Encontrei a porta escancarada
Fui pra sala depois segui em frente
Cheguei perto ao banheiro lentamente
Percebi o chuveiro estar ligado
Era ela, pensei todo excitado
Ao brechar foi o seu pai quem eu vi
Esse é mais um vexame que vivi
Me envergonho somente ao ser lembrado.

Outra vez lá no clube da cidade
Fui curtir uma grande domingueira
Paquerei uma moça a festa inteira
Perguntei o seu nome, a sua idade
Foram horas de só felicidade
Eu com ela dançado bem colado
Ao passar a mão no reservado
Um volume estranho eu senti
Esse é mais um vexame que vivi
Me envergonho somente ao ser lembrado.

Fui curtir um grande feriadão
Conhecendo um pouco da capital
Fui a praia e achei sensacional
Muita gente, era uma lotação
De biquíni, de sunga e de calção
E eu usando um short bem sambado
Quando a onda quebrou fiquei pelado
Meu “cotoco” de nada eu exibi
Esse é mais um vexame que vivi
Me envergonho  somente ao ser lembrado.
 


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