ATROZ
(Kynheo Ferreira)
Medindo o tempo perdido
custando vir a vitória
vivente do céu banido
perseguido sem história
ando no caminho errado
sem lucro, sem resultado
confiante na memória.
Parecendo belzebu
vou assim tocando o mundo
no céu preto, não azul
sou um santo vagabundo
conduzo a vida e a morte
aplico a lei do mais forte
no leito do moribundo.
Mato flores quando chego
atrapalho a primavera
minha audição de morcego
nas entranhas da cratera
sou cavaleiro azogado
sempre viajo montado
nas asas da besta fera.
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