(Benildo Nery)
Sinto a felicidade
De respirar um ar puro
Sem o fedor do munturo
Que existe na cidade
Meu dia não tem metade
O curto de modo ativo
Assim cheio de motivo
Digo sem titubear
Vem comigo aproveitar
O lugar aonde vivo.
Verde, árvores, e fruto
Maduro em todo canto
Complementa o encanto
Do meu doce lar matuto
Onde a vida, não o luto,
O livre, não o cativo
Tornam-me feliz nativo
No meu pedaço de chão
Aconchegante rincão
O lugar aonde vivo
A chuva, o cheiro da terra,
O açude, o rio, a enchente,
Aves seu cantar contente
E um animal que berra
O sol no alto da serra
A lua, a noite, o festivo
Brincar mais que atrativo
De um povo mais que animado
É um pedaço sagrado
O lugar aonde vivo.
A religiosidade:
Procissão, terço, novena,
Foguetório e cantilena
Que envolve a comunidade
Comunhão a unidade
O maior laço afetivo
Um viver bem produtivo
De valor imensurável
Fazendo ser impecável
O lugar aonde vivo.
Os festejos de São João
O forró numa latada
Cantoria, embolada
Com muita animação
O namoro e a paixão
Do amor aperitivo
Ali, bem perceptivo
Que nasceu lá no terreiro
Tem santo casamenteiro
O lugar aonde vivo.
O trabalho em mutirão
No roço, no preparar
A terra para plantar
Fazer a semeação
No colher da produção
Dar valor ao coletivo
Num tom bem conotativo
Grito um tanto exaltado
É o cantinho sonhado
O lugar aonde vivo.
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