(Benildo Nery)
Sabe aquela
menininha
Que vive
sempre calada
Só anda mal
arrumada
E não gosta
de turminha
Depois que
fica mocinha
Da vaidade é
refém
Se encosta
logo em alguém
Se entrega
apaixonada
Isso é uma
prova dada
Do poder que
aquilo tem.
Um cara todo
amostrado
De uma
cabeça vazia
Só conversa
“arisia”
Mente e
engana um bocado
Mas só por
ser bem dotado
De mulher
tem mais de cem
Se brincar
monta um harém
Com um monte
de interessada
Isso é uma
prova dada
Do poder que
aquilo tem.
Uma mulher
já madura
Que nunca
teve um amor
Só conhece o
dissabor
Solidão e
amargura
Diante essa
vida dura
Nada já não
lhe convém
De repente
um doido vem
“Desendoida”
a danada
Isso é uma
prova dada
Do poder que
aquilo tem.
Um padre
destrambelhado
Que é sem
ter vocação
Faz uso da
religião
Para viver
disfarçado
Anda sempre
acompanhado
E um
coroinha mantém
Bem perto
dizendo amém
Aprontando
presepada
Isso é uma
prova dada
Do poder que
aquilo tem.
Um velho já
bem velhinho
Mas a isso não
se entrega
A velhinha
já não pega
Porque só
quer um brotinho
É um bocado
safadinho
Sem valer
nenhum vintém
Fica num vai
e não vem
Mas não
perde a esfregada
Isso é uma
prova dada
Do poder que
aquilo tem.
Um cabra
apaixonado
Anda uma
légua e meia
À noite sem
lua cheia
Corre e anda
apressado
O medo vai
do seu lado
Mais o plano
ele mantém
De vê-la lá
bem além
Daquela
longa estrada
Isso é uma
prova dada
Do poder que
aquilo tem.
Uma mulher
infeliz
Com o diabo
do casamento
Seu marido é
um nojento
Vive com uma
meretriz
Mesmo assim
ela diz:
“Meu marido
me quer bem
Se um dia eu
ficar sem
Ele estarei
lascada!”
Isso é uma
prova dada
Do poder que
aquilo tem.
Uma saia bem
curtinha
Uma blusa
decotada
Shortinho,
calça colada
Vendo a
marca da calcinha
Aquela
espiadinha
Faz que vai,
mas se retém
Isso amigo
também
Faz da mulher
desejada
Isso é uma
prova dada
Do poder que
aquilo tem.
Um guarda de
trânsito para
Os carros
que vão passando
De longe já
vai olhando
Quem está
dentro repara
E olha cara
por cara
Se tem
mulher tudo bem
Mesmo errado
não detém
Não há multa
aplicada
Isso é uma
prova dada
Do poder que
aquilo tem.
Um cabra
afeminado
Que há pouco
se assumiu
O tempo que
resistiu
Num casulo,
encubado
Quer tirar o
atrasado
Com uma fila
igual um trem
Agarra, chama
meu bem
De maneira
descarada
Isso é uma
prova dada
Do poder que
aquilo tem.
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