(Benildo Nery)
Lá da rua
onde moro
Ela é a mais
bonita
Quando passa
se arrebita
Faz a pose
que eu adoro
É por isso
que eu oro
Para isso
acontecer
Pra me
sentir no poder
De tê-la ali
todo dia
Esbanjando simpatia
Que dá gosto
só de ver.
Tem uma boa
estatura
Cabelo curto
lisinho
Confesso
fico lesinho
Com aquela
formosura
Bumbunzão e
a cintura
Todinha um
violão
Sem falar
nos dois peitão
Belos e
arredondados
Com os
biquinhos apontados
Parecidos
feito à mão.
Com traços
bem definidos
Seu rosto
foi desenhado
Deixando
todo abestado
Os cabras
desprevenidos
Pois certo
serão traídos
Pelo seu
jeito de olhar
É melhor não
encarar
Só que o
cabra não aguenta
Quando a ver
logo inventa
De querer se
apaixonar.
Mesmo sem
tê-la tocado
Eu sinto que
sua tez
Possui
grande maciez
Tal qual
veludo importado
Fico
hipnotizado
Só em ver
sua textura
Estou certo
a criatura
De frente ao
meu portão
Faz o mito
da criação
Ser elevado
à altura.
Anda sempre
bem vestida
Com blusinha
decotada
Shortinho ou
calça colada
De certa
forma exibida
Até lhe
fazem investida
Mas ela
nunca dá bola
Pelo
contrário rebola
De forma mais
provocante
Na matéria
excitante
Na rua ela
faz escola.
Sapato alto
de dez
Sempre no
top da linha
Que faz
aquela gracinha
Andar nas
pontas dos pés
Melhor dizer,
ao invés
Que ela não
anda desfila
Faz dilatar
a pupila
De quem fica
observando
E ela só
desfilando
Sensualmente
tranquila.
O seu corpo
é tomado
De um banho
de joias raras
Coisas
chiques, peças caras
Todas num
tom refinado
Banhado e
lapidado
De ouro,
prata e brilhantes,
Esmeraldas, diamantes
Brincos, anéis,
pulseirinhas,
Colares e
correntinhas,
Coisas que
nunca vi antes.
Quando ela
me diz: “Bom dia!”
Me acelera o
coração
Me causa
palpitação
Uma enorme
afasia
E com tanta
simpatia
Ela fica "nua
e crua"
Faz da exuberância
sua
Natura e
artificial
Ser algo simples, normal
Salve a musa
da minha rua!
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