(Benildo Nery)
Não gosto de
assistir
Programa
eleitoral
Por ser bem
repetitivo
O que o
torna banal
Assunto de
eleição
Eu tenho
visto patrão
Somente em
telejornal.
Mas ontem eu
estava em casa
Tipo numa
reunião
Com a família
inteira
De frente à
televisão
Fim do
Jornal Nacional
O programa
eleitoral
Começou de
supetão.
Como a
atenção era pouca
Pra aquela
TV ligada
Continuei
conversando
Rindo,
contando piada
Quando conta
dela dei
Veja só me
deparei
Com uma
grande presepada!
Uma mulher
bem bonita
Estava
falando assim:
Esse aqui e
o nome certo
Pra vocês também
pra mim
Esse aqui
pessoal
No Congresso
Nacional
Vai varrer
tudo de ruim.
Isso em
poucos segundos
Dito assim
bem ligeiro
Já que o tal
candidato
Dele só via
o letreiro
Nome e
número destacado
Com um
retrato do lado
Da lista o
derradeiro.
Mas deu
tempo de eu ver
A cara do
cidadão
Sério feito
um louceira
Maquiado,
bonitão
Zé de Catota
danado
Candidato a
Deputado
Federal
nesta eleição.
Aí pensei cá
comigo:
Danou-se!
Agora deu!
Acho que Zé
de Catota
Endoidou , enlouqueceu
Minha Virgem
da Conceição
Pra deputado
eleição
Sem juízo! Já
perdeu!
Se para
vereador
Teve um
tiquinho de voto
Pensa ele
que é um santo
E o eleitor
seu devoto
Digo sem
medo de errar
Que ele só
vai lucrar
O nome, o número
e a foto.
Estampados,
e pregados
Na porta de
algum vizinho
Ou no bolso bem
guardado
Aquele tal
de santinho
Mas vitória
ele esqueça
Espero não
enlouqueça
Mesmo já estando
um pouquinho.
Falta de
conselho não
É porque eu já
lhe dei
Por conta da
teimosia
Dele até já
me afastei
Mas é cabra de
coragem
Gente boa. Tem
imagem
Reconheço
disso eu sei.
Mas erra
feio ao pensar,
Ô cabra
besta do cão!
Que somente
com conversa
Dá pra
ganhar eleição
Juntou uma
mixaria
Vivendo na
agonia
Em busca de
votação.
Por certo
ele pensa que
Os outros
endinheirados
Que conquistam
os seus votos
Com favores
e agrados
Vão lhe dar
colher de chá
Cabra mais
besta! Ah tá!
Eles sim são
os votados!
Estes saem
pra campanha
Dentro de um
belo carrão
Passa pelos
eleitores
Atraindo a
atenção
Um fala,
outro aponta
E a mão
direita pronta
Só fazendo
acenação.
Enquanto ele
só anda
Bem vestido
mas é pouco
Conversa de
porta em porta
Num instante
fica rouco
Chegando no
fim do dia
Cansado em
demasia
Estressado feito
louco.
Só sendo um cabeçudo
Pra alimentar
esse sonho
Deita e
dorme bem pouquinho
Acorda feito
um bisonho
Sai para
fazer campanha
O eleitor só
assanha
A isso eu me
oponho.
Tá vendo que
isso não dá
Certo para
aquele cara
Mas por
peste de política
Parece ter
uma tara
Com ela se compromete
Em todo o
pleito se mete
Ai uma surra
de vara!
E por assim
discordar
Em Zé eu não
voto não
Não confundo
amizade
Com diabo de
eleição
Quero vê-lo
lá no alto
Mais não no
tal do Planalto
Não com a
minha votação.
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