terça-feira, 16 de dezembro de 2014

AS TRÊS NOITES DE ESCURO

(Benildo Nery)

 

Sou lá do século passado
Antes do ano dois mil
Habitante do Brasil
Um solo abençoado
Trago comigo um legado
De um credo bem seguro
Ao ponto de dizer: juro!
Com o maior tom de firmeza
Não haverá luz acesa
Nas três noites de escuro.

O cabra que fala grosso
Pode crer vai falar fino
Quem for metido a granfino
Roerá somente o osso
Não valerá o seu colosso
Ganho em ato obscuro
Do braço pesado e duro
Ele sentirá o peso
Você vai ficar surpreso
Nas três noites de escuro.

Vai ter choro, vai ter grito
Gemidos desesperados
Julgamento dos pecados
Do jeito que está escrito
Cidade, vila, distrito
Fortaleza, cerca, muro
Transformados em munturo
Não darão mais proteção
Vai ser uma danação
Nas três noites de escuro.

Bichos que nunca falaram
Certamente irão falar
Também vão se levantar
Os que tanto rastejaram
Os que sempre apanharam
Cobrarão respeito a juro
Não levarão mais no furo
Quem montou será montado
O mal será condenado
Nas três noites de escuro. 

Lagos, oceanos, mares
Tão quentes fervilharão
Montanhas explodirão
Mandando tudo pros ares
Já as calotas polares
Até então gelo duro
Esteja certo, asseguro
Que serão descongeladas
Terras serão inundadas
Nas três noites de escuro.

A terra vai ser cortada
Por rachaduras, cratera
Nessa hora a “Besta Fera”
Há de ser ressuscitada
Partirá desembestada
Para galgar seu apuro
Cobrando a alto juro
A quem é devedor dela
Vai ter coice na titela
Nas três noites de escuro.

Campos serão devastados
Faltará água e comida
Daqui, dali em partida
Milhões de refugiados
Com sede e fome, largados
Sem presente e sem futuro
Trilhando no inseguro
Deserto do abandono
Ninguém matará o sono
Nas três noites de escuro.

Nações serão assoladas
Pelas mais cruéis doenças
Que recorrerão às crenças
Mas não serão escutadas
Visto que foram encerradas
Num instante prematuro
Em ato frio e duro
As vias da salvação
Vai reinar condenação
Nas três noites de escuro.

Anjos descerão tocando
Suas trombetas douradas
As mãos serão levantadas
E eles arrebatando
É certo estarão ficando
Os que têm coração duro
Cheio de pecado, impuro
Dominado pelo mal
Tem julgamento final
Nas três noites de escuro.

Acredite, não discuta
Está lá nas escrituras
Salvos são as criaturas
Que dão ouvido e escuta
Que de Deus defende a luta
Bem firme, forte e seguro
De coração limpo e puro
Que verá não ser eclipse
Mas sim o Apocalipse
As três noites de escuro.


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