sexta-feira, 28 de agosto de 2015
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
RN 269
(Benildo Nery)
Essa estrada
que liga
Cento e Um a Nova
Cruz
Sé fosse
feita de pele
Estaria toda
em pus
Danada pra
ter “pereba”
Parece rota
de peba
Nessa causa
só Jesus.
Não sei como
o motorista
Consegue
nela passar
A verdade é
se não for
Perito no
manobrar
Quando pra
direita vai
Noutro
buraco ele cai
Quando à
esquerda voltar.
Pouco
importa se o carro
É feito de
ferro e aço
Se for novo
se afolosa
Se velho cai
um pedaço
O jeito é
fazer apelo
Pra que se
invente um modelo
Que flutue
nesse espaço.
“Celera” e
desacelera
É um tal de
pisa em freio,
Troca de
marcha, sopapos
Sacolejando o
passeio
Cabra
tranquilo sem pressa
Fica doido
se estressa
Explode de
saco cheio.
De
combustível a pneu
A parte da suspensão
De tudo
aumenta o gasto
Prejuízo de
porção
Dá raiva só
em pensar
Que é
preciso passar
Por aquela
região.
Se a viagem
for de moto
Dá até pra
costurar
Passando em
alguns setores
Dá até pra
acunhar
Mesmo assim
todo cuidado
Pois pode
ser acunhado
Se o cabra
se descuidar.
Se o dia for
chuvoso
Piora a
situação
De moto não
se costura
É lama que
só o cão
O cabra fica
perdido
E o carro
quase engolido
Pelas “bocas
de pilão”.
Para viajar a
pé
É cuidado
redobrado
Tem que ser
bem muito mais
Do que já é
aceirado
Roçando no
matagal
Entre toco,
pedra e pau
Pra não ser atropelado
E o pior é
que ela
Foi toda
“reconstruída”
Há poucos
anos passados
Acho que foi
na medida
Daquele que
governou
Porque ela só
durou
Seu mesmo
tempo de vida.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
ZÉ DE CATOTA (SELEÇÃO DO BBB)
(Benildo Nery)
Ontem de
noite rapaz
Ei ri de
quase chorar
Bastou eu
botar os pés
Ali na porta
do bar
Para Zé
assim dizer:
"Rapaz
eu vou me inscrever
O BBB vai
começar!"
Não só eu
que tava lá
No ambiente
sorriu
Foi a maior
rizadagem
Quem ouviu
não resistiu:
“Zé de
Catota endoidou!”
“Seu juízo se
acabou!”
“Sua sensatez
sumiu!”
Até Seu Zuzu
da venda
Um sujeito
bem calado
Depois que
parou de rir
Disse “ô
cabra abestado
Tais vendo que
tu rapaz
Com essa
cara jamais
Será selecionado!
BBB ô cabra
besta
Num é coisa
pra gente não
É pra
aqueles cara grande
Bonito e bem
fortão
Que sabe
falar bonito
Não tu que
só falo aos grito
Que chega
estremece o chão.”
Enquanto o
seu xará
Não parava
de sorrir
Amadeu que é
bem sacana
Disse: “não
vou te agredir
Porque eu
não sou bandido
Mas Zé tu
ser escolhido...
Mais fácil a
mula parir!
Com esse teu
jeito tolo
De matuto
brocoió
Se entrar
naquela casa
Todos vão te
deixar só
E se ficar
do teu lado
É fazendo um
rodiado
Pra comer
teu fiofó.”
“Fica
na tua Amadeu!”
Retrucou o
Zé de Nena.
“Deixa
o cara rapaz
Pois o
sucesso lhe acena!
Meu xará conte
comigo
Porque eu
estou contigo
Com toda
gota serena!”
Zé de Catota
na dele
Ouvindo as
opiniões
Pois já era
acostumando
Com palestras,
reuniões
No meio do
zum zum zum
Captou de
cada um
Suas observações.
Aí chegou
minha vez
De expor meu
ponto de vista
E eu disse
bem assim:
Zé eu tenho
uma lista
Lá nunca
entrou errantes
Só pessoas
importantes
Tudo um monte
de artista.
Você pode
observar
É modelo, é
escritor
Desempregado
nenhum
É dançarino,
é cantor
Dona de casa
tem não
Bonitona e
bonitão
Advogado e
doutor.
Um chega lá
bem solteiro
E quando sai
é casado
Um com pinta
de machão
Mas na verdade
é viado
Mulé bonita
até
Se agarra
com outra mulé
Num grande sarrabufado.
Quando a
Globo mostra as casas
Onde mora
essa gente
É aquela
televisão
Grandona bem
lá na frente
Com a telinha
bem fina
Cheio de
gente granfina
Da gente é
bem diferente.
Por isso eu
digo a você
Home não se
iluda não
Tudo bem
você já fez
Sua sonhada
inscrição
Esqueça esse
BBB
Deixe as forças
pra você
Gastar lá na
eleição!
E ele feito
um otário
Da minha
fala pegou
Um gancho e
disse assim:
“Todo
mundo já falou
E todos eu
escutei
Mas saibam
não aceitei
O meu plano
não mudou.
É minha
obrigação
Elevar nossa
cidade
Faço isso
porque sei
Que tenho
capacidade
Isso em mim se
inflama
Vou no
caminho da fama
Com toda
honestidade.”
Ai dali
retirou-se
Seu Zuza e
depois eu
Alguns outros
que estavam
Inclusive Amadeu
Riso e raiva
misturamos
O assunto
encerramos
Só Zé que
permaneceu.
Cheguei em
casa pensado:
Cabra besta
da mulesta
A um bocado
de chifre
Pregado na
sua testa
Se isso
acontecer
Amigo tu
pode crer
Que eu vou
fazer uma festa.
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