domingo, 2 de fevereiro de 2014

SE ANINHANDO

(Benildo Nery)


Ela chega sutilmente  
Tipo alguém que não quer nada 
Com seu jeito me agrada  
Me deixa todo contente  
Me embriaga docemente  
Com amor, meiguice e carinho  
Fico feito um passarinho  
Com asas, mas sem voar  
Pois quero mesmo é ficar  
Com ela, presos no ninho.

Emaranhados em braços
Pernas, corpos, mentes, mão
O tum tum do coração
Ritmando os amaços
A saudade nos encalços
Querendo atrapalhar
E nós só a empurrar
A saudade bem pra longe
Enclausurados, tal monge
Não vamos nos separar.

O frio não terá vez
Calor e calor de sobra
No entra e sai, na manobra
Em atos de maluquez
Apenas terá a vez
Sexo, amor, perversão
Nada de inibição
As regras estão traçadas
E as nossas vidas marcadas
Por amar sem mensuração.

Quando o cansaço bater
Basta dormi, relaxar
E depois que acordar
Nada de tentar conter
Deixa a chama se acender
Pegar fogo em nosso ninho
Porque sou dela todinho
E eu também a possuo
Com ela o ninho destruo
E depois faço um novinho.

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