terça-feira, 25 de março de 2014

MOTE: "MORRENDO EU LEVO PRA COVA/OS SINAIS DA POESIA"

(Benildo Nery)



Sempre tive no cordel

Um amigo de meninote

Que me levava aos pinote

Aos doces sonhos de mel

Ao viajar num corcel

Para um mundo de magia

Repleto de valentia

Disputa de amor e prova

“Morrendo eu levo pra cova

Os sinais da poesia.”

 

Violeiros, repentistas

Seus versos, seus paramentos

Fábrica de sentimentos

Verdadeiros romancistas.

Aprendi com esses artistas

De grande sabedoria

Aproveitar a nostalgia

Que até hoje a alma renova

“Morrendo eu levo pra cova

Os sinais da poesia.”

 

A mais pura e fina arte

Que habita na minha mente

Recebi como presente

Nada faz com que eu descarte

Se eu tivesse um enfarte

O coração exploderia

Mesmo assim sei seguiria

Vivendo na minha alcova

“Morrendo eu levo pra cova

Os sinais da poesia.”

 

Mesmo que você reclame

Me xingue, chame de louco

Não vou ligar nenhum pouco

Me lixo pro seu ditame

Me amarre com arame

Me cause uma afasia

Se achar pouco a asfixia

Me mate de uma sova

“Morrendo eu levo pra cova

Os sinais da poesia.”

 

Não é querer ser melhor

Que “A”, que “B” ou que “C”

Mas também sendo o “D”

Não é que eu seja o pior

Por viver do meu suor

Conquistei minha “forria”

Trato como porcaria

O que o meu ego reprova

“Morrendo eu levo pra cova

Os sinais da poesia.”

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