domingo, 27 de abril de 2014

AMANTE

(Kynheo Ferreira)


Vagamente mórbida
É a vida conjugal
Um remoto desejo matinal
Uma noite repleta de rotina
Tudo aquilo já feito na esquina
Com a outra, que dar-se a loucura
Mas fogosa, ardente; sem censura
É assim com a outra: uma luxúria.

No convívio daquilo proibido
A amada, a outra; outro sentido
É a gama, o homem a mulher
O prazer dos prazeres, fé da fé
O abraço, o olhar mais atrevido
Sou amante melhor
Não sou marido
Faço tudo aquilo que ela quer.

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