segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
A MUSA DA MINHA RUA - PARTE II
(Benildo Nery)
Basta vê-la
ali passar
Que me encho
de alegria
Sinto a
maior euforia
O corpo a
incendiar
O seu jeito
de andar
Desperta em
mim a paixão
E faz do meu
coração
Uma bomba
acelerada
Estou certo,
essa danada
De mim não
tem compaixão.
Se tivesse
não faria
Presepada
assim comigo
Não me daria
o castigo
Passando ali
todo dia
Com tanta
acrobacia
Com tanta
“bundalidade”
Digo com
sinceridade:
Não estou
mais aguentando
Ela está me
matando
Pode crer
que é verdade!
Tremo nas
bases em ver
Sua forma
avantajada
Em roupa bem
decotada
Não dá para
me conter!
Serio, tento
me manter
Tranquilo,
mas não consigo!
Com os meus
olhos a sigo
Durante o
seu percurso
Pois não
resta outro recurso
É ou não é
um castigo?
Dá um oi,
aceno faz
Tipo assim: me
provocando
Percebe que
estou olhando
Aí que
rebola mais
As minhas
cordas vocais
Travam não
produzem nada
Esboço uma
gaguejada
Mas me falta
todo ar
Não consigo
respirar
Por causa
dessa malvada.
Ontem ela
estreou
Um belo de
um shortinho
Pense num
short curtinho!
Em minha
frente passou
Meu coração
disparou
Alterou a
pulsação
Senti uma
sensação
Que ele
batia atoa
Sua válvula
quase voa
Quase que
vou pro caixão.
Tem nada
não, Deus tá vendo
O quanto ela
me maltrata!
Sei que um
dia essa acrobata
Paga o que está
me devendo
Até lá eu
vou vivendo
Provando do
seu castigo
Correndo
todo perigo
Que eu tenho
que correr
Mas um dia
quero ter
Essa musa
aqui comigo.
sábado, 14 de fevereiro de 2015
A ESTIAGEM SECA
(JC Paixão)
Olho pra cima e não vejo
Nenhuma nuvem passando
O céu tá claro demais
Vejo só o Sol brilhando
Imponente e solitário
E o solo se rachando.
Dependendo horário
Vejo as estrelas e a Lua
Nenhuma brisa fresquinha
Na certeza nua e crua
Que se a chuva não vim
A tristeza continua.
Já estou acreditando
Que minha chuva não vem
Apesar do desespero
Esperança ainda tem
Mais ela tá se acabando
E minha vida também.
Sempre teve no Brasil
Seca, mesmo que num preste
Uns
brasileiros falavam
Chamando
outros de peste
A seca né do Brasil
Essa seca é do Nordeste.
A seca atualmente
É problema brasileiro
Falta água em São Paulo,
Em Minas e Rio de Janeiro
Problema no Centro-Sul
É problema verdadeiro.
Para o Brasil o Nordeste
Só é seco e atrasado
Cheio de gente pedinte
Maltrapilho e esfomeado
Que no período da seca
São chamados flagelados.
E agora o que dizer
Com a seca no Sudeste
Será que lá tem flagelo
Ou é somente um teste
Pra ver se o povo sabido
Com zanga vá e proteste.
Aparecem as teorias
Isso tem explicação
A Floresta Amazônica
Sofrendo devastação
E agora o resultado
É a grande sequidão.
Parece até que São Paulo
Tá todo arborizado
As florestas tão intactas
E o ar purificado
A culpa de sua seca
Se deve a outro estado.
A seca é do Nordeste
Um problema natural
No Norte o descontrole
Com a área florestal
Tá causando ao Sudeste
Um desconforto total.
A floresta é derrubada
Pra dá lugar ao progresso
Que é o agronegócio
Ou projeto de sucesso
Para se ter superávit
E evitar retrocesso.
Ai vemos que é verdade
Os recordes são batidos
Aumenta-se a produção
Dos produtos produzidos
Tudo para exportação
Onde isso é vendido.
Programas tele visíveis
Só ostentam o poder
Daquilo que tá na moda
Pra todo mundo querer
Muito embora não tenha
As condições de fazer.
Famosos faz propaganda
Preserve o meio ambiente
O povo pobre assim diz
O rico é consciente
Deixa que o rico polui
Usando a cota da gente.
Artista faz uma campanha
De material reciclado
O resto de sua vida
Anda de carro importado
Vestindo pele de bicho
Esse é o resultado.
Hoje muitos brasileiros
Sofrem com água faltando
Gastam assim pouca água
Ficam economizando
Mais é por obrigação
Não se conscientizando.
Os recordes também são
Dos destroços naturais
As secas são mais intensas
Com escalas anormais
E quando a chuva vem
Causam grandes temporais.
Mesmo a chuva quando vem
Não resolve o problema
Chove um período curto
Continua o dilema
Se não chover nas nascentes
A falta dágua é o lema.
As temperaturas aumentam
É uma quentura danada
Todo mundo se aperreia
Já sem puder fazer nada
Economiza energia
E a água encanada.
E as previsões demonstram
Que tá tudo piorando
A cada ano os problemas
Do ambiente aumentando
A ganja de toda gente
A Terra é quem tá pagando.
Se a Terra fraquejar
Com ela fraqueja a vida
De todos os seres vivos
Gente simples ou metida
Não culpem a natureza
Mas gente burra ou sabida.
Mas o que o povo quer
É esbanjar a riqueza
Quem mora na área nobre
Bem distante da pobreza
Só pensa no ouro verde
Que não é a natureza.
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