(JC Paixão)
Olho pra cima e não vejo
Nenhuma nuvem passando
O céu tá claro demais
Vejo só o Sol brilhando
Imponente e solitário
E o solo se rachando.
Dependendo horário
Vejo as estrelas e a Lua
Nenhuma brisa fresquinha
Na certeza nua e crua
Que se a chuva não vim
A tristeza continua.
Já estou acreditando
Que minha chuva não vem
Apesar do desespero
Esperança ainda tem
Mais ela tá se acabando
E minha vida também.
Sempre teve no Brasil
Seca, mesmo que num preste
Uns
brasileiros falavam
Chamando
outros de peste
A seca né do Brasil
Essa seca é do Nordeste.
A seca atualmente
É problema brasileiro
Falta água em São Paulo,
Em Minas e Rio de Janeiro
Problema no Centro-Sul
É problema verdadeiro.
Para o Brasil o Nordeste
Só é seco e atrasado
Cheio de gente pedinte
Maltrapilho e esfomeado
Que no período da seca
São chamados flagelados.
E agora o que dizer
Com a seca no Sudeste
Será que lá tem flagelo
Ou é somente um teste
Pra ver se o povo sabido
Com zanga vá e proteste.
Aparecem as teorias
Isso tem explicação
A Floresta Amazônica
Sofrendo devastação
E agora o resultado
É a grande sequidão.
Parece até que São Paulo
Tá todo arborizado
As florestas tão intactas
E o ar purificado
A culpa de sua seca
Se deve a outro estado.
A seca é do Nordeste
Um problema natural
No Norte o descontrole
Com a área florestal
Tá causando ao Sudeste
Um desconforto total.
A floresta é derrubada
Pra dá lugar ao progresso
Que é o agronegócio
Ou projeto de sucesso
Para se ter superávit
E evitar retrocesso.
Ai vemos que é verdade
Os recordes são batidos
Aumenta-se a produção
Dos produtos produzidos
Tudo para exportação
Onde isso é vendido.
Programas tele visíveis
Só ostentam o poder
Daquilo que tá na moda
Pra todo mundo querer
Muito embora não tenha
As condições de fazer.
Famosos faz propaganda
Preserve o meio ambiente
O povo pobre assim diz
O rico é consciente
Deixa que o rico polui
Usando a cota da gente.
Artista faz uma campanha
De material reciclado
O resto de sua vida
Anda de carro importado
Vestindo pele de bicho
Esse é o resultado.
Hoje muitos brasileiros
Sofrem com água faltando
Gastam assim pouca água
Ficam economizando
Mais é por obrigação
Não se conscientizando.
Os recordes também são
Dos destroços naturais
As secas são mais intensas
Com escalas anormais
E quando a chuva vem
Causam grandes temporais.
Mesmo a chuva quando vem
Não resolve o problema
Chove um período curto
Continua o dilema
Se não chover nas nascentes
A falta dágua é o lema.
As temperaturas aumentam
É uma quentura danada
Todo mundo se aperreia
Já sem puder fazer nada
Economiza energia
E a água encanada.
E as previsões demonstram
Que tá tudo piorando
A cada ano os problemas
Do ambiente aumentando
A ganja de toda gente
A Terra é quem tá pagando.
Se a Terra fraquejar
Com ela fraqueja a vida
De todos os seres vivos
Gente simples ou metida
Não culpem a natureza
Mas gente burra ou sabida.
Mas o que o povo quer
É esbanjar a riqueza
Quem mora na área nobre
Bem distante da pobreza
Só pensa no ouro verde
Que não é a natureza.
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