sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

UMA FORMA DE EXPRESSÃO

(Benildo Nery)

O nosso vocabulário
Em expressões tem grandeza
Variando entre o estranho
Com pitadas de baixeza
Àquelas bem pitorescas
Permeadas de riqueza.

Quem nunca pronunciou:
Oxente! Vixi Maria!
Vou na boquinha da noite
Ou no pingo do meio dia?
Sai do batente da porta
Pr’eu me banhar na bacia!

Hoje deitei com as galinhas
Acordei de ovo virado
Matando cachorro a grito
Chega tô agoniado
E esse grande farnizim
Deixou-me abilolado.

Vôte!, Varei!, Aí dentro!
Eita porra!, Se lascou!
Essa rede de arrasto
Deu tanto que afolozou
Até Zé da Chapeleta
Com essa dona andou.

Pisei em rastro de corno
Ou é praga de parteira
Pense em uma catraia
Piriguete, que rampeira
Dando de priquito doce
Mas não tem eira nem beira.

Andei dez léguas tiranas
Cheguei bastante enfadado
Com uma dor nas cadeiras
Capenga e estrupiado
Depois que errei o caminho
Por ter ficado ariado.

Pra acabar com essa perrenga
Vou tomar uma meiota
Que dono de bar nojento!
Fica tirando catota
Mesmo assim vou beber tanto
Tanto até ficar cambota.


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