quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O CANTO


(JCPaixão)


Passarinho na gaiola
Canta de dor e tristeza
Se é alegria não sei
Mas de saudade é certeza.

O canto é um grito forte
A pedir por liberdade
Dizendo me solte logo
Deixe de ser tão covarde

Este canto um ensaio
Pra quando um dia for solto
Cantar sim de alegria.

E não mais passar sufoco
Espero por isso um dia
Quem prende pássaro é louco.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

CASAMENTO

(Benildo Nery)


Juramento mais jurado
Que é esse tal casamento!
O casal nesse momento
Tem mãos e pés amarrado
Num ato que é celebrado
No civil ou na igreja
Testemunhas, quem esteja
Sendo convidados seus
Sempre em nome de Deus
Para sempre! Amém seja!

Pronto pra celebração
Noivo, padre e convidados
E os demais aguardados
Com bastante apreensão
Quando se ver um cordão
Vai adentrado o recinto
Num desfile bem assinto
Que exibe grande beleza
Digno de uma nobreza
Um feito quase extinto.

Em mais ou menos uma hora
O casal ouvindo tudo
Caladinhos, tipo um mudo
Mas pensando: “Ai que demora!
Cuide padre! Olhe a hora!”
E o vigário no sermão:
“Casamento meus irmão
É uma coisa abençoada
É uma grande jornada
Onde os dois se guiarão.”

“É exigência da vida
A dois a fidelidade,
O amor, a cumplicidade,
Cama e mesa repartida,
A aliança mantida
Sempre em primeiro lugar
Nenhum pode vacilar
Tem que se manter na linha
Durante a vida inteirinha
Sempre em função do lar.”


“Lembrem-se vocês terão
Dois nomes para zelar
Então busquem preservar
O respeito e a união
Busquem na religião
E na família conselhos
E tenham como espelhos
José, Maria e Jesus
Uma família de luz
Venerados de joelhos.”

“Que procriem, tenham filhos
Seja lá um, dois ou mais
E não esqueçam jamais
De educá-los nos trilhos
E não como andarilhos
Sem norte, sem direção
Dando a eles atenção,
Num clima de muito amor
Todos serão vencedor
Vitórias alcançarão.”

E o casal já cansado
De tanto ficar de pé
Quando o padre diz: “Na fé
Responda ao ser perguntado:
Fulano de Tal é agrado
Casar-se com essa Fulana?
Promete amá-la na grana
Na doença e na saúde
Grudadinhos, feito grude
No amor de uma cabana?”

E o noivo todo nervoso
Quase sem voz e suado
Tenso que só um danado
Num ritmo bem vagaroso
Demonstra ser carinhoso
Depois de pensar assim
“Isso vai ser bom pra mim!?
E a assembleia: “Que demora!”
E nesse instante de hora
Se ouve o esperado SIM.

A noiva o mesmo responde
Quando chega a sua vez
Com bastante sensatez
Mas o nervoso não esconde.
É chegada a hora onde
O padre dá por encerrado
O evento organizado
Com a leitura da ata
E com ar de teocrata:
“Vocês já estão casados!”

“Meus irmãos ides em paz
Do senhor acompanhados!”
Aí todos convidados
Carreira pra o clube faz
E o casal vai atrás
Ao encontro das raízes
Que serão os seus “juízes”
E sempre os acompanharão
E a partir daí serão
Amarrados e felizes.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

MOTE EM DECASSÍLABOS: NUM MOMENTO INSANO, DE LOUCURA/RESOLVI NOSSO CASO TERMINAR

(Benildo Nery)


Eu estava em total embriaguez
E tomado por grande indecisão
Foi aí que tomei a decisão:
Por fim naquilo tudo de uma vez
Nosso amor nesse instante se desfez
Vi ali nosso lance se acabar
E você: Como é que vou ficar?
Envolvida num ar de amargura
Num momento insano, de loucura
Resolvi nosso caso terminar

Por você eu fui sempre apaixonado
E sentia um amor bastante intenso
Mas depois de algum tempo eu fiquei tenso
Do amor muito ficou só um bocado
Bem pequeno foi logo liquidado
Do meu peito o meu eu o quis riscar
Nessa ideia me atirei, quis arriscar
Veja só que tamanha desventura
Num momento insano, de loucura
Resolvi nosso caso terminar.

E você a sofrer, chorando tanto
Eu lhe vendo, fingindo não lhe ver
Suas lágrimas no rosto a correr
Acusando o tamanho do seu pranto
Viu que eu vi, se escondeu em um recanto
Com um lenço os olhos a enxugar
Fez-me nesse instante enxergar:
Dei o fel a quem só me deu doçura
Num momento insano, de loucura
Resolvi nosso caso terminar.

Fui embora naquela ocasião
Pouco triste e bastante decidido
Apesar de não ter nem entendido
O porquê dessa minha decisão
Eu sei lá... Acho que meu coração
“Tava atrás de sarna pra se coçar”
Resolveu com o meu eu se aliar
Pra fazer essa grande “pativura”
Num momento insano, de loucura
Resolvi nosso caso terminar.

Com o tempo passado hoje estou
Sem ninguém pra amar, um solitário
Tenho plena ciência, fui otário
Dei a ordem e o meu eu te abandonou
Já você outro cara encontrou
Tá feliz e com ele vai casar
Construir a família, ter um lar
E eu aqui só, “lambendo a rapadura”
Num momento insano, de loucura
Resolvi nosso caso terminar.

Mas da nossa história ficarão
Muitas coisas bonitas que vivemos
Desde o dia em que nós nos conhecemos
A cruel hora da separação
Num lugar bem guardadas e serão
Do passado algo bom pra recordar
Como estou muito fraco vou chorar
Meu coração tá cheio de rachadura
Num momento insano, de loucura
Resolvi nosso caso terminar.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

MISS FEIURA NENHUMA - JESSIER QUIRINO

Quem teve e tem o prazer de conhecer o talento grandioso de Jessier Quirino, não pode deixar de ver esse vídeo.

 


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

COISAS RUINS

(Kynheo Ferreira)

Quem conhece de bebidas

Deve ser bom bebedor

Conhaque DREHER já tomou

Por isso falo assim

Não venha dizer pra mim

Que é bom feito café

Quem nunca bebeu um DREHER

Nunca bebeu coisa ruim.


Falando agora em comidas

No estilo feijoada

Mas eu falo em BUCHADA

Que tem gosto de capim

Comida boa é tintin

Ou uma traira assada

Quem nunca comeu BUCHADA

Nunca comeu coisa ruim.

 

Vou falar também em músicas

Quem não gosta de escutar?

Muitos vão FUNK dançar

Pulando feito sonhin

Ficam lá até o fim

Tomara que eles estanque

Quem nunca escutou um FUNK

Nunca ouviu coisa ruim.


Na arte do futebol

Quantos clubes a jogar

O FLAMENGO é popular

Tem gente que só cupim

 A torcida é grande assim

Mais cheia de lengo-lengo

Quem não torce pro FLAMENGO

Não torce pro que é ruim.

 

Sei que cometer delito

É obra de Satanás

Quando pra CADEIA vai

A paz do cara tem fim

Não é flores, nem jardim

O cabra só leva peia

Quem nunca foi pra CADEIA

Nunca foi pra coisa ruim.

 

O bom mesmo é ter saúde

A gente vive a cantar

Se o SARAMPO pegar

Enfraquece o danadim

Dá febre, fica magrim

Não pode pegar no trampo

Quem nunca pegou SARAMPO

Nunca pegou coisa ruim.

 

Eu também creio em DEUS

Só não frequento a igreja

Que a religião esteja

Muito distante de mim

Adão, Abel e Caim

Início da confusão

Quem não tem religião

Nunca teve coisa ruim.

 

 

 

 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

MECENATO

(Benildo Nery)



É comum a gente ouvir
Com uma certa frequência:
“Artistas para curtir
Em Montanhas há ausência.
Lá fora é diferente
Tem artista competente!”
E nessa prosa enfadonha
O cabra diz alterado:
“Que lugar mais atrasado
Isso é uma vergonha!”.

Eu como apreciador
Da cultura de raiz
Até com certo rigor
Discordo do que se diz:
Na arte boa e nativa
Nossa cidade é ativa
Temos nomes velho e novo
Falta só valorizar
Para poder “estourar”
O artista que vem do povo!

Para a linha musical,
Temos em muitos recantos
Instrumentistas, vocal
Tais como o Juca Santos,
Marcelo e Ednaldo
O Dedo, o Marinaldo
Marcilio, Cleber, Eminho,
Todos na música ativo
Natan filho de Nativo
E o Jairton Marinho.

Zé de Dico e João Maria
E o Milhão do forró
Percussão com alegria
Destaque para Zozó
Na sanfona e na zabumba
Ritmo de forró a rumba
Tudo sempre em bom sentido
Bom para quem quer dançar
Ou só para escutar
É sucesso garantido.

Lucivânio e Preto Sá
Luana Sá, Jailton Lima
Robson filho de Fá
Já sucesso! Esquentam o clima!
Marcos Rosa e Eduardo
Juntos carregam o fardo
De levar o sonho a frente
Cantando em bares da vida
De uma forma destemida
Bem humilde e bem decente.

Já trilharam esse caminho
Cantaram, tiveram fã
Diego Paiva, Serginho
Eugler e Amsterdam
Sabe-se que o primeiro
Tomou outro paradeiro
O segundo é professor
Terceiro e quarto pararam
Pra outros ramos trilharam
"Correio e computador".

Para compor, sou ligeiro
No ato apresento nomes:
Bira, Jailson Cordeiro
Neto e Serginho Gommes
Basta dar o tema agora
Que eles compõem na hora
Música de qualidade
Paquera, romance, manha
Ou “gingo” para campanha
Pode ficar a vontade!

Isso só pra citar uns
Nomes conhecidos nosso
Sei que esqueci alguns
Peço perdão, pois não posso;
Mas vale salientar
Que tenho que destacar
Outras áreas da cultura
Músicos a gente tem
Mas noutras artes também
Temos nomes à altura.

Letreiros e desenhar
Edson Paulo é do momento
E na arte de pintar
Tela... É a Livramento
Mas também temos Danilo
Que criou seu próprio estilo
Em painéis tá se firmando
Outro grande criador
É o Juno de Doutor
E mais um que é o Fernando.

Na arte de fazer rir
Temos grandes piadistas
É preciso admitir:
Não se enche muitas listas!
Mas três valem por porção
Começando pelo Cão
Que faz rir por brincadeira
E dois que estão enterrados
Mas sempre sempre lembrados:
O Cané e o João Moreira.

Velúsia e o irmão Dedé
E os outros seus irmãos
Merecem aplausos de pé
Pela arte feita a mãos
Artesanato primeira
Mas não seguiram a carreira
Por não receber valor
As obras que eles criaram
Uns então abandonaram
O que faziam com amor.

Na arte da poesia
Montanhas tem uma escola.
Começo com alegria
Citar Bento da Viola,
E ainda outros tantos
O Juca e Dalva Santos
Xixiu, Rosenildo, Kynheo
Poetas bons arretado
Ibsem, Hiago Machado
Dois José Carlos e Serginho.

Temos mais outros artistas
Por outras artes espalhados
Verdadeiros mimetistas
Talentosos, bem dotados
Que a cultura dão valor
E fazem com muito amor
Com que a arte entre em cenas
Mas infelizmente não
Têm a “patrocinação”
De um empresário. Um mecenas.

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