terça-feira, 24 de dezembro de 2013

ENTÃO É NATAL...

(Benildo Nery)

De dezembro vinte e quatro
Uma data especial
Pra reunir a família
Fazer grande festival
Bem repleta de comida
Regada a muita bebida
Pois é véspera do Natal.

Pra aumentar a festança
Também um e outro amigo
Os vizinhos, os compadres
Que trazem os filhos consigo
Numa grande algazarra
Está montada a farra
Num costume bem antigo.

Meninos correm daqui
Outros conversam acolá
Abraços e cumprimentos
Oi, tudo bem?, um olá
Cochichado, risos, choro
Um enxame de besouro
Que dor no ouvido dá.

Pra aumentar a zuada
Um som bem avolumado
Tocando o “Jingo bel”
Com o repeat ligado
O tema até que é bom
Mas o danado do som
É todo desregulado

Monte de luzes piscando
Em um certo descompasso
Uma árvore de Natal
Com enfeites bem escasso
Como é festa temática
A figura emblemática
De um Papai Noel devasso.

A mesa toda coberta
De comida variada
Doces, bolos e salgados
Pernil e galinha assada
Este ano até um peru
Dado por Dona Lulu
Especial convidada.

A bebida se escolhe
Tem vinho e tem cachaça
Cerveja, e coquetel
Champanhe pra tomar na taça
Para quem tiver afim
De fazer o tal tim tim
Na hora em que se abraça.

Nisso a hora vai passando
Come e bebe e conversa
A língua de alguns enrolam
De português virou persa
Já chegada a madrugada
A galera bem cansada
Pouco a pouco de dispersa.

Fim da noite do Natal
Final de mais uma festa
Hora da avaliação:
Melhor foi aquela ou esta?
Foi boa seguiu o plano
Vai ter no próximo ano?
Vai! E ninguém contesta.

E essa data especial
Perde assim o seu sentido
Depois desse povo todo
Ter comido e ter bebido
A noite não se fez jus
O principal que é Jesus
Pouco lembrado, esquecido.

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