(Benildo Nery)
Um dia eu me
embrenhei
Na imensidão
do pensar
Procurando
encontrar
Aquela com
quem sonhei
E não é que
revirei
Cada canto
desse espaço
Do jeito que
sempre faço
Com um plano
bem traçado
Nas
minúcias, bem focado
E sem nenhum
embaraço.
Trilhei com
muita cautela
Passos lentos,
à espreita
Por vereda
às vezes estreita
Em praças,
ruas, favela
Essa busca
quase sela
O plano que
eu tracei
Porque nada
encontrei
Dei-o como
cancelado
E por estar
bem cansado
Quase que a
busca encerrei.
Sentei,
venci a canseira
Refiz todos
os meus planos
Inclui neles
os pântanos,
Rios, região
praieira
Daí em toda
carreira
Retomei
minha procura
Confesso
àquela altura
Bastante
desanimado
Mas por ser
determinado
Prossegui minha
aventura.
Resolvi ir
mais além
Mergulhei no
oceano
Em um ato sobre-humano
Sem encontrar
com ninguém
Restava então
um porém
O espaço
sideral
E em viagem
espacial
Embarquei
sem ter demora
Pensando assim:
É agora!
Que a
encontro afinal.
Também lá
não encontrei
Então pensei
cá comigo:
Será que é
um castigo?
Algo assim
nunca passei.
Onde foi que
eu errei
Nessa
procura voraz?
Eu sei que
eu sou capaz
Por isso eu
não desisto
Contrariando
insisto
Em buscar um
pouco mais.
Mas onde não
procurei?
Aonde ainda
não fui?
Como algo que
intui
Foi então
que despertei
E percebi
que deixei
De lado uma
região
Onde vive a
emoção
Onde se
esconde o amor
Onde reside
o fervor
De uma
ardente paixão.
Aí rumei bem
ligeiro
Desta vez
mais animado
Refeito e
aliviado
E num lance
bem ligeiro
Descobri seu
paradeiro
Marquei sua
posição:
Sozinha na
imensidão
Há um bom
tempo habitante
De um lar
vermelho e gigante
Chamado de
coração.
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