EM 1808...

(Hiago Machado)

Nesse versos vou falar
Sobre a corte portuguesa
Pois até na realeza
Tem do que se envergonhar
Já tiveram que fugir pra cá
Correr para o nosso Brasil
Sem nada de varonil
Para fugir de Napoleão
Abandonaram a nação
E da corte o rei saiu

Começou em Portugal
Maria louca era a rainha
Mas a revolução temia
E em uma ideia primordial
Entregou de forma oficial
O reino a João VI
Portanto sem pretexto
O príncipe medroso
Ganhou um país grandioso
Pra governar por inteiro

Um pouco longe de Bragança
Um homem se destacava
Jamais perdia uma batalha
Era o imperador da França
Com sangue na ponta da lança
A fim de vencer outro embate
Portugal ele resolve invadir
Para lá ameaça partir
Sem discussão nem debate

A corte de medo tremia
Não sabiam o que fazer
Napoleão queria os prender
Tinham medo em demasia
Pior estava D. Maria
Agora louca e apavorada
Escondida na própria morada
Até Carlota Joaquina
Com mentalidade de menina
Andava bem atormentada

Não demoraram os boatos

D. João recebeu a noticia
Portugal estava sendo invadida
Por Napoleão e Soldados
Todos eles bem armados
Não deixaram opção
Sem nenhum truque na mão
Para o Brasil todos fugiram
De Portugal eles sumiram
“Au revoir” Napoleão

Depois de cruzar o mar
A realeza chegou ao Brasil
Debaixo do nosso céu anil
Respiraram um novo ar
Assim puderam desopilar
E as mudanças começaram
A capital transformaram
Virou o Rio de Janeiro
O povo foi prazenteiro
E a fidalguia aclamaram

No Brasil se deram bem
Tiveram um governo feliz
D. Leopoldina Imperatriz
Carlota Joaquina também
Sem guerrilhar com ninguém
O Banco do Brasil foi criado
O Jardim Botânico foi fundado
Fizeram a Biblioteca Real
Grande progresso trouxe Portugal
Mesmo com todos refugiados

E foi assim que eles venceram
Uma corte um tanto confusa
Mesmo fugindo da luta
Napoleão eles ganharam
E anos depois voltaram
Para sua terra Natal
E foi chegando a Portugal
Que a realeza pôde provar
Que covarde também pode ganhar
Sem precisar usar punhal