segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

VOCÊ HOJE ME PAGA O QUE TEM FEITO/COM POETAS MAIS FRACOS DO QUE EU


(Benildo Nery X Pedro Pedreira)

 

(Benildo)

Tem pessoas dizendo em todo canto
Que você é poeta de primeira
Boa voz e uma mente bem ligeira
Intelecto que causa grande espanto
Caridoso, comparado a um santo
E elevar nossa arte prometeu
Quem diz isso acho que se esqueceu
Pra seu posto hoje eu sou o novo eleito
Você hoje me paga o que tem feito
Com os poetas mais fracos do que eu.

 

(Pedro)

Disse bem! Seu assunto eu aprovo
Na verdade eu sou isso e muito mais
Estes versos todos sensacionais
Faço assim pois na arte me renovo
De outro lado seus versos eu reprovo
Só em ver que rimar nunca aprendeu
Desonrando o dom que Deus lhe deu
O que faz, sai errado e com defeito
Você hoje me paga o que tem feito
Com os poetas mais fracos do que eu.

 

(Benildo)

Vou fazer a defesa ao que é correto
Ao que é regra escrita e firmada
Ao calouro e aos mais velhos na estrada
Mente farta e assunto sempre ereto
Sendo assim tomarei como decreto
Tomar tudo que já lhe pertenceu
E àquele em que você já bateu
Eu darei o que é dele de direito
Você hoje me paga o que tem feito
Com os poetas mais fracos do que eu.

 

(Pedro)

Quero que você sinta todo o clima
Do que é disputar uma peleja
Não importa que diabo você seja
De você vou ficar sempre por cima
Possuindo as ranhuras de uma lima
Que o mais forte do aço já roeu
Ficará mais roído que o pneu
Que no “mei” do lixão achou seu leito
Você hoje me paga o que tem feito
Com os poetas mais fracos do que eu.

 

(Benildo)

Poetas que você tem enfrentado
E batido bem antes desse dia
Um ou outro talento possuía
Mas na hora do embate era um coitado
Se perdeu por não está concentrado
Não achou o pontinho fraco seu
Só que esse poeta já percebeu
O seu fraco é trocar por um confeito
Você hoje me paga o que tem feito
Com os poetas mais fracos do que eu.

 

(Pedro)

Eu enfrento qualquer desafiante
Procurando o nível elevar
Ou então mesmo o estabilizar
Num padrão bem correto e elegante
Mas por ver meu colega inconstante
Acusando os golpes que sofreu
Vou fazer como fez o Galileu
Perdoar outra vez esse sujeito
Você hoje me paga o que tem feito
Com os poetas mais fracos do que eu.

XANGAI - A NATUREZA


sábado, 28 de dezembro de 2013

EU TAMBÉM POSSO CANTAR/COMO CANTOU ZÉ LIMEIRA

(Juca Santos)


Passei um feliz natal,
Na noite de ano novo
Pedi os pêsames do povo
Na sexta de carnaval
Nessa festa genial
Que terminou quinta feira
Sai em toda carreira
Pra meu futebol jogar
Eu também posso cantar
Como cantou Zé Limeira.

Realizei um contrato
Para um projeto concreto
Baixei assim o decreto
Para torná-lo abstrato
Quando puxei o extrato
Vi uma burra baixeira
Passar em toda carreira
Com dinheiro pra gastar
Eu também posso cantar
Como cantou Zé Limeira.

Na bandinha da escola
Um mudo tocava surdo
E o poeta do absurdo
Com a viola na sacola
Não batia bem da bola
Seu verso era de primeira
Só cantava na carreira
Gostava de se empalhar
Eu também posso cantar
Como cantou Zé Limeira.

Jesus nasceu em Belém
Foi um grande professor
Cantor e compositor
Jogou em Jerusalém
Seu gol de número cem
Ele fez de baladeira
Morreu numa sexta feira
Depois de ressuscitar
Eu também posso cantar
Como cantou Zé Limeira.

TENHA UM ANO VINDOURO/MELHOR DO QUE O ENCERRADO

(Benildo Nery)

Faça uma reflexão
Tendo em pauta o que viveu
As derrapadas que deu
E o que foi de ascensão
Essa, aquela ocasião
Em que foi bem rejeitado
Noutra em que foi abraçado
Zelado feito um tesouro
Tenha um ano vindouro
Melhor do que o encerrado.

Retrace os objetivos
Refaça todos os planos
Família, pai, mãe e manos
Todos seus graus afetivos
Mantenha laços ativos
Fortemente reforçado
Que eles serão transformado
Em elos de fino ouro
Tenha um ano vindouro
Melhor do que o encerrado.

Reorganize a lista
Do que ouve e do que ver
Se quiser reescrever
Risque programa ou artista
Mas seja um ativista
Prove ter assimilado
Nesse lugar do riscado
Os de viés duradouro
Tenha um ano vindouro
Melhor do que o encerrado.

Cative o seu amor
Zele por sua paixão
Peça e dê o perdão
Esqueça o desamor
Toda ira, toda dor
Dê como assunto encerrado
Sinta o peito aliviado
De feliz dê um estouro
Tenha um ano vindouro
Melhor do que o encerrado.

CANTIGA DO ESTRADAR


Mais uma do mestre Xangai.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

AULA EM POESIA

(Benildo Nery)

 

Sou professor de História
Não nego a profissão
Trato assunto do Brasil
De Dilma à D. João
Porém no meu ensinar
Gostaria de explorar
Algo que me contagia
Bem feliz ia ficar
Se um dia pudesse dar
Aula só de poesia.

Se eu fosse de Matemática
Procuraria trazer
Rima bem metrificada
Pra o aluno uso fazer
E dentro desse contexto
Mostraria aquele texto
Que ao ler traz alegria
Tudo ia descomplicar
E os cálculos realizar
A partir da poesia.

Dentro da Geografia
Não seria diferente
Buscaria trabalhar
Assunto bem coerente
Abordaria o Nordeste
Terra de "cabra da peste"
E seca em demasia
Mas terra de gente boa
Onde em todo canto entoa
Festivais de poesia.

E nas aulas biológicas
Buscaria promover
As pesquisas coletivas
Que dessem gosto e prazer
Estudar a reação
Sentida no coração
Quando esquenta e quando esfria
O nervosismo e o tremor
O amar e o desamor
Abordado em poesia.

E na Língua Estrangeira
Grande preocupação
Seria para a nossa
Buscar sempre a tradução
O “Quiero estar contigo”
“Quiero llevarte conmigo”
Pauta da aula seria
Termos como “I love you”
“I wanna be with you”
Versejados em poesia.

Os exercícios mentais
Seriam bem explorados
Fazer interpretação
Dos poemas abordados
Em Arte e Educação Física
Em Português, específica
Matéria que abordaria
Todas as outras e tais
Pois é gostoso demais
Estudar com poesia.

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